quarta-feira, 26 de agosto de 2020

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL E ENSINO SUPERIOR

Nota a imprensa

Na sequência da Assinatura de um acordo entre o Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior e a Associação Fityaanou Sidkhine do Senegal cujo objectivo é a melhoria do acesso de qualidade e de governação das instituições escolares onde se ensina em língua árabe e a formação dos jovens, sobretudo das camadas mais vulneráveis, despoletou-se um grande debate sobre a questão da introdução da Língua Árabe no Sistema do Ensino Guineense.
 Ao longo da Semana, várias interpretações foram feitas sobre o assunto e como sempre alguns grupos de interesse, bem identificados, que certamente estão muito incomodados com as políticas e as reformas em curso no Sector da Educação da Guiné-Bissau tentaram, intencionalmente, colocar um vídeo manipulado e muito desenquadrado da intervenção de Sua Excelência Senhor Ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Dr. Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé, em como estaria a defender o ensino do Alcorão no Sistema Educativo Guineense.
O discurso do Ministro da Educação foi no sentido de solicitar apoios urgentes para o recenseamento das escola Madrastas e corânicas existentes na Guiné-Bissau e ainda a realização de um censo sobre o número de crianças que querem estudar mas sem possibilidades para o fazer.
Também lamentou a questão das crianças em condições de talibés que andam a busca de conhecimento do Alcorão e confrontam-se com dificuldades, violências e até mortes.
Porquê que um ministro da tutela não pode solicitar apoios para crianças vulneráveis poderem ser organizadas e dadas uma educação de uma maneira formal e segura? 
É uma questão, certamente, em aberto para reflexão.
A questão da Introdução da Língua Árabe não é um sinónimo de aprender o Alcorão como bem vincou o Presidente da Associação Fityaanou Sidkhine Cheikh Ousmane Diwo, após a formalização da parceria com o Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior da República da Guiné-Bissau. 
Para estes desatentos, a introdução da Língua Árabe no Sistema de Ensino Guineense, não foi uma decisão exclusiva e unilateral do Ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, foi sim, uma decisão do Governo da República de Guiné-Bissau, chefiado pelo Eng. Nuno Gomes Na Bian,  que não é muçulmano,  e  os 22 dos seu membros, que, também, não o são. Esta medida consta do Programa do Governo que foi adotado pelo Conselho de Ministros e submetido e aprovado na Assembleia Nacional Popular, órgão legislativo máximo da República e fiscalizador da acção governativa. 
E, ainda, de acordo com informações e testemunhos dos mais antigos quadros da Educação na Guiné-Bissau, esta temática (escola corânica, madrassa, língua (s) de ensino, línguas nacionais/ língua oficial, entre outras questões/variáveis que incidem positivamente ou negativamente sobre o nosso sistema educativo foram objecto de vários estudos/reflexões e debates no país (INDE/1985-87, UNICEF/1993-95, Alternag/Sinaprof/1996, INEP/1992-94. 
O simples facto de constituir tema de análise e de reflexão, significa que faz parte da nossa paisagem socioeducativa, pelo que não deve ser temido ou menosprezado.
A atual liderança do Ministério da Educação Nacional e Ensino superior apela a colaboração e a contribuição de todos nas grandes reformas projetadas para fazer andar a educação na Guiné-Bissau.
Para finalizar, o Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior, sábiamente dirigido por Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé deixa Claro que não vai se curvar perante falácias, montagens e tentativas de bloquear, mais uma vez a educação na Guiné-Bissau.
Organização, Consolidação da Paz e Reformas na Educação é o foco da atual Liderança. Podem continuar a falar!

Bissau 26 de Agosto 2020 
Assessor Imprensa e Porta-voz,  Amadu Uri Djalo

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