quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Advogados de antigo PM acusam PGR de "perseguição política"

O colectivo de advogados que representa o antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, acusou, esta quarta-feira, o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, de "inventar processos", de "falta de honestidade intelectual" e "perseguição política".

"Assistimos a uma declaração política de um PGR ferido por ter sido flagrado a inventar processos, aliás num comunicado produzido pela PGR em 16 de Outubro, lê-se no penúltimo parágrafo que em relação a Aristides Gomes há dois processos e na conferência de imprensa o PGR já vem falar de três e não dois processos", afirmou Luís Vaz Martins, um dos advogados do antigo primeiro-ministro.
Na sexta-feira, o procurador-geral da República deu uma conferência de imprensa para revelar a existência de vários processos-crime contra Aristides Gomes, nomeadamente desvio de fundos públicos. 

Fernando Gomes disse que Aristides Gomes era acusado de vários crimes, sem especificar e disse que não há nenhum mandado de detenção contra o antigo primeiro-ministro e que apenas lhe foi imposta a medida de coação relativa à obrigação de permanência em território nacional.

Aristides Gomes está refugiado na sede do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) há vários meses, depois de ter sido demitido de funções pelo actual Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Os advogados de Aristides Gomes apresentaram na semana passada uma queixa-crime contra o magistrado que está a dirigir a investigação, acusando-o de "falsificação, prevaricação, usurpação de função pública, sequestro e mais crimes".
Rispito.com/RFI, 04/11/2020

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