sábado, 24 de abril de 2021

Sociedade civil preocupada com evolução da situação política na Guiné-Bissau

O Movimento Nacional da Sociedade Civil, Paz e Desenvolvimento da Guiné-Bissau manifestou estar preocupado com a evolução da situação política, nomeadamente com uma alegada reunião entre dirigentes políticos com a presença de militares ocorrida no norte do país.
Em causa está uma conferência de imprensa realizada no início desta semana por dois militantes do Partido de Renovação Social (PRS), terceira força política do parlamento guineense e que faz parte da coligação no Governo, que denunciaram a realização de uma reunião na aldeia de Patche Yala, no norte do país, entre o líder do PRS, Alberto Nambeia, e o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, com a presença de militares.

Em comunicado, divulgado na quinta-feira ao final do dia, o Movimento Nacional da Sociedade Civil salienta que a "reunião em si não constituiria nenhum questionamento por se tratar de um ato estratégico entre partidos", mas o "envolvimento de altas patentes" da classe castrense do país é "algo fora da lógica".

Para a organização não-governamental, a participação de militares na alegada reunião gera "desconfiança e inquietude na população em geral".

O comunicado do Movimento Nacional da Sociedade Civil foi divulgado após o PAIGC e o PRS terem negado publicamente a realização da alegada reunião.

Em declarações à imprensa na quarta-feira, o responsável pela comunicação do PAIGC, Muniro Conté, disse que as pessoas que anunciaram a realização da reunião são quem deve fazer prova de que ela se realizou.

"Pelo que sei, não houve nenhuma reunião", salientou.

Já o PRS, através do seu vice-presidente Orlando Viegas, disse na quinta-feira não ter conhecimento da reunião, mas confirmou a presença do presidente do partido na aldeia a convite dos populares.
Rispito.com/Lusa, 24/04-2021

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