quarta-feira, 1 de setembro de 2021

NOVAS RESTIÇÕES CONTESTADAS NA GUINÉ-BISSAU

Medidas impostas pelas autoridades guineenses para cumprimento do estado de calamidade estão a ser severamente criticadas pela sociedade civil. Analista diz que decisão é ilegal e operadoras queixam-se de prejuízos. 
Desde que as medidas restritivas foram endurecidas na passada sexta-feira (27.08), não param de surgir críticas contra a decisão do Governo, argumentada pela obrigatoriedade de estancar a propagação da Covid-19 As organizações da sociedade civil convidaram o Executivo a repensar a sua posição que, segundo afirmam, está a penalizar os cidadãos. As vendedeiras dizem ser muito prejudicadas com as medidas, que as impede de se deslocar a diferentes regiões em busca de produtos para a revenda. 

"O Governo levantou-se e fez o decreto sem ouvir as pessoas e a sociedade civil, para nos ajudar. Nós sabemos que essa doença (Covid-19) mata mas o Governo devia saber também que há problemas da pobreza e as mulheres se não forem buscar produtos para ir vender e levar à casa, não podem fazer nada", afirma a presidente da Associação das Mulheres da Atividade Económica (AMAE). Antónia Adama Djaló, uma das contestatárias.

Neste periodo de estado de calamidade, o Governo decidiu, sob proposta do Alto Comissariado para a Covid-19, encerrar as mesquitas e as igrejas, os mercados nos fins de semana - de segunda feira a sexta-feira funcionam até às 15 horas – além de ter proibido a circulação de pessoas de uma para outra região e ainda o recolher obrigatório, a partir das 20 horas. 

Mas o jurista Cabi Sanhá afirma que o decreto está longe da legalidade "Este decreto é mais uma arbitrariedade, é um insulto ao Estado de Direito e Democrático. É deveras despido de todas as formalidades legais" Segundo o especialista, "o Governo deve recuar e reponderar a sua posição e respeitar as formalidades exigidas pela feitura de uma lei, sobretudo quando se trata dos assuntos que dizem respeito aos direitos, liberdades e garantias fundamentais 

Apesar das críticas, o ministro do Interior, Botche Candé, garante que as medidas são para cumprir. "O Ministério do Interior, em nome do Governo, vai ser rigoroso para, de facto, pôr as pessoas cumprir a cem por cento o que está no decreto E preferimos ser insultados, mas para que sejamos o motivo CAT de salvar a vida de quem que nos insulta", declarou.
Rispito.com/CNEWS, 01/09/2021

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