quarta-feira, 4 de maio de 2022

CEDEAO induzida a decidir envio de força porque comprou versão de golpe de Estado – PAIGC

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi “induzida” a enviar tropas para a Guiné-Bissau porque “comprou a versão” de golpe de Estado, afirmou hoje o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

“Demos conta que a CEDEAO foi induzida a tomar a decisão de envio de tropas porque comprou a versão de que se tratava de facto de um golpe de Estado, tratando-se de um golpe de Estado eventualmente estaria a envolver militares guineenses e por isso a CEDEAO vinha garantir a estabilização interna”, disse o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Para Domingos Simões Pereira, o envio de uma força de estabilização não combina com o pronunciamento feito pelo chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, de que há envolvimentos de militares no ataque de 01 de fevereiro.

“Estamos aqui num carrossel de hipóteses, de teses, de afirmações, de contra informações, que não pacificam o espírito do povo guineense e para o qual nós sentimos a necessidade de não só nos pronunciarmos para que o povo compreenda o que está em causa”, salientou.

O líder do PAIGC referia-se a uma série de interpretações dispersas sobre os acontecimentos de 01 de fevereiro, quando ocorreu um ataque ao Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do Presidente guineense e do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e que incluem também tráfico de droga e envolvimento de rebeldes de Casamansa.

Na sequência do ataque, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram o envio de uma missão de estabilização para a Guiné-Bissau, que começou a chegar ao país a semana passada.

Nas declarações aos jornalistas, na sede do partido, em Bissau, após a divulgação de um comunicado do Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos, Domingos Simões Pereira pediu à CEDEAO para “parar, repensar o seu posicionamento e em função disso corrigir os erros que já estão a cometer”.

“Porque um erro crucial que está a acontecer é já ter a presença de forças no território da Guiné-Bissau sem que tenha um mandato e à luz do direito internacional isso configura uma invasão. Não penso que a CEDEAO queira ser reconhecida como força invasora dentro da Guiné-Bissau”, afirmou.

Questionado se o erro da CEDEAO está relacionado com algum interesse, o líder do PAIGC disse que é “por demais evidente”.

“O povo guineense tem de considerar que a criação de um cordão de segurança no território da Guiné-Bissau pode ter a ver com a intenção de proteger quem quer à força aplicar uma lei que a nossa assembleia já registou”, disse, recordando que o parlamento denunciou o acordo de exploração de petróleo assinado com o Senegal.

Sobre o alerta feito pelo espaço de concertação para a missão de estabilização da CEDEAO, a ser aprovada pelo parlamento, não incluir militares de países vizinhos, Domingos Simões Pereira disse que é um “princípio de bom senso”.

“Se o povo guineense manifesta claramente reservas em relação à participação de países limítrofes, por uma realidade que é recente, é do mais elementar bom senso que ao constituir uma força de estabilização se evite que seja integrada por militares de países limítrofes, porque podem ter outras agendas que não a agenda da preservação da paz e estabilidade internas”, afirmou.
Rispito.com/Lusa, 04/05/2022

5 comentários:

  1. Olha quem fala de legalidade!

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  2. Os militares da CEDEAO que te escoltaram durante meses em Bissau como se fosse presidente da República foram autorizados a vir no país pela ANP? Sejam honestos. Porque não querem a presença destas tropas?

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  3. Este gajo já te nojo sinceramente 😞😞😞

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