Guiné-Bissau recuperou soberania e credibilidade internacional - Presidente
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que nos dois últimos anos o país recuperou a soberania e a credibilidade internacional num discurso à Nação por ocasião da celebração do 49.º aniversário da independência.
“Em pouco mais de dois anos de mandato presidencial, a Guiné-Bissau conseguiu fazer um percurso internacional notável. De facto, nós restaurámos plenamente a imagem do nosso país em África, e no conjunto da comunidade internacional”, afirmou o Presidente guineense.
Para Umaro Sissoco Embaló, resolver os “problemas e atrasos” que o país acumulou exigia que “fosse reabilitado o próprio Estado na sua soberania e credibilidade internacional, na sua capacidade de falar e de ser ouvido”.
Segundo o Presidente, os esforços diplomáticos tiveram impacto na forma de governação, que conseguiu diversificar o seu programa para “mudar o país no bom sentido”.
“Num setor verdadeiramente estratégico como é o setor da energia, a Guiné-Bissau vai conhecer, dentro de poucos meses, um salto qualitativo de largo alcance. A Rede Elétrica sub-regional que vai concretizar o Projeto Energia da OMVG é uma obra ímpar”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado referia-se ao projeto de energia que envolve também o Senegal, a Gâmbia e a Guiné-Conacri e vai permitir trazer energia elétrica a todo o país, salientando que o seu impacto económico e social será estruturante.
Referindo-se à crise energética mundial, o Presidente disse que provocou uma inflação global que desestabilizou “os cenários macroeconómicos de muitos países e, na verdade, a Guiné-Bissau não poderia ser exceção”.
“O Governo, por via de medidas fiscais, está a perder parte de receitas que deveria arrecadar, procurando, assim, na medida do possível, regular os preços dos produtos alimentares de primeiras necessidades, bem como o custo de serviços que são essenciais para o dia-a-dia dos guineenses. Além dessas medidas fiscais do Governo, espera-se que a intensificação da produção agrícola de alimentos pelas próprias famílias contribua para atenuar o impacto social da inflação no mercado de produtos alimentares”, afirmou.
No discurso, Umaro Sissoco Embaló felicitou também todos os desportistas guineenses que têm conquistado medalhas na prática das suas modalidades e os jovens que se têm destacado em áreas como a tecnologia e o empreendedorismo.
Salientando que o dia da independência deve ser um “momento de reflexão”, o chefe de Estado convidou todos os guineenses a fazerem aquele exercício para que seja construída uma “visão ambiciosa, mas realista do futuro” e “concentrar os esforços” na sua concretização.
A Guiné-Bissau proclamou a sua independência unilateralmente de Portugal em 24 de setembro de 1973.
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