terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Pela primeira vez há consulta de asma num hospital da Guiné-Bissau

 O Hospital Nacional Simão Mendes, principal unidade hospitalar da Guiné-Bissau, já realiza consultas para doentes com asma, o que é descrito pelo médico responsável, Ibrahim Silva Danso, como “algo inédito”.

 “Pela primeira vez há consulta de asma num hospital da Guiné-Bissau e é aqui no Simão Mendes”, declarou à Lusa Ibrahim Silva Danso, clínico geral formado na China e que há um ano trabalha no principal hospital do país.

Ao regressar ao país, após um período de estágio no Brasil, Danso foi convidado pela direção do Simão Mendes a assumir a nova unidade de consulta de asma que até aqui não existia na Guiné-Bissau.

Normalmente, os pacientes guineenses com asma deslocavam-se até Ziguinchor ou Dacar, no Senegal, ou a Portugal para tratarem a doença.

Desde finais de dezembro que uma equipa, coordenada por Ibrahim Danso, em colaboração com a organização não-governamental espanhola Aida (Ajuda, Intercâmbio e Desenvolvimento), realiza às terças-feiras consultas de asma no Simão Mendes.

O médico responsável pelas consultas lembra que no primeiro dia que a iniciativa foi lançada apenas compareceu um doente: “Talvez porque ninguém acreditava que era verdade”, disse.

“Na semana a seguir já tivemos 25 pacientes”, observou Ibrahim Danso.

O doente, referiu ainda o médico, apenas paga mil francos cfa (cerca de 1,5 euros) e recebe gratuitamente os medicamentos disponibilizados pela Aida, que colabora com o Simão Mendes.

A consulta é feita apenas para doentes adultos, uma vez que ainda não existe no Simão Mendes um protocolo para o tratamento de crianças asmáticas, acrescentou Ibraim Danso.

“O hospital está a pensar criar um serviço de consulta para crianças com asma a partir da existência de um protocolo”, sublinhou o médico.

De acordo com Ibrahim Danço, a Guiné-Bissau “tem muitos doentes de asma”.

O clínico observou ainda que nas consultas que tem estado a liderar têm comparecido mais doentes de Bissau do que os do interior do país.

“Talvez porque ainda não sabem que já é possível fazer consulta de asma” no Simão Mendes, afirmou.
Lusa

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