quinta-feira, 27 de julho de 2023

Simões Pereira eleito presidente do Parlamento

O líder do PAIGC e coordenador da coligação PAI – Terra Ranka passa a ser a segunda figura do Estado da Guiné-Bissau, após ser eleito presidente da Assembleia Nacional Popular, esta quinta-feira (27.07).
Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e coordenador da Plataforma da Aliança Inclusiva – Terra Ranka, coligação liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), com a maioria com 54 assentos, foi eleito presidente do Parlamento guineense, na primeira sessão da décima primeira legislatura, com 89 votos a favor e três abstenções, entre 92 votantes.

Os 102 deputados guineenses eleitos nas legislativas de 4 de junho foram empossados esta quinta-feira (27.07) numa cerimónia na Assembleia Nacional Popular (ANP), que conta com a presença de vários convidados estrangeiros, incluindo a presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe.

Domingos Simões Pereira passa a ser a segunda figura do Estado guineense, logo atrás do Presidente Umaro Sissoco Embaló, um concorrente direto de longa data. Poderá este passo ser visto como uma confrontação ao chefe de Estado? Rui Semedo rejeita esta hipótese, lembrando que "os dois são adversários políticos e têm de observar estas estratégias como posicionamentos políticos, dentro dum contexto democrático".

PAI-TERRA RANKA E PRS ASSINAM ACORDO DE INCIDENCIA PARLAMENTAR

No documento, que a e-Global teve acesso, assinado pelo Domingos Simões Pereira na qualidade de cabeça-de-lista da Coligação PAI Terra Ranka e Fernando Dias, lider do Partido da Renovação Social, lê-se que "as partes comprometem-se em evitar ataques entre si durante toda a legislatura".

"A nação guineense está a testemunhar um momento especial, um momento em que os líderes políticos, cada um, interpretando aquilo que foram sinais muito claros das prioridades que o povo guineense pretende ver, nos próximos anos, na feitura da política nacional, fazem jus a essa expectativa e a essa esperança de nos concentrarmo-nos no essencial", sublinhou Domingos Si- mões Pereira no acto da assinatura de Acordo, tendo também destacado que "o essencial não são as batalhas, [as batalhas ] fazem-se durante as campanhas eleitorais".

Para Fernando Dias o PRS decidiu assinar o acordo "em nome da estabilidade da Guiné-Bissau, em nome da fome que assola o país neste momento", e vincou que está a "seguir a orientação que o povo da Guiné-Bissau deu em relação à coligação PAI Terra Ranka".

"Espero que vamos todos seguir com a maior atenção, lealdade e maior rigor, o acordo que hoje rubricamos, com vista a chegarmos aos objectivos que motivaram a sua assinatura", assegurou o líder dos renovadores. Fernando Dias reconheceu ainda os erros do PRS durante seu percurso político.

PRS, enquanto partido com uma nova direcção, com uma nova visão e com cara jovem, espero que o povo guineense volte a fazer confiança em nós, porque a nossa maneira de abordar a polí- tica hoje é diferente do passado", sublinhou o líder político.

O Partido da Renovação Social (PRS) é a terceira força política guineense que obteve nas últimas eleições legislativas 12 deputados dos 102 que tomam posse esta quinta-feira, 27 de julho.
e-Global, 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

PAIGC vai propor Domingos Simões Pereira para presidente do parlamento da Guiné-Bissau

O comité central do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reunido em sessão extraordinária domingo escolheu por unanimidade indicar Domingos Simões Pereira para presidente da Assembleia Nacional Popular.

“O comité central do PAIGC escolheu Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e coordenador da coligação PAI - Terra Ranka como seu candidato ao cargo de presidente da Assembleia Nacional Popular para a XI legislatura”, anunciou o partido no final do encontro.

Domingos Simões Pereira é líder do PAIGC e coordenador da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva – Terra Ranka, que venceu com maioria absoluta as legislativas de 04 de junho na Guiné-Bissau, conseguindo eleger 54 dos 102 deputados do parlamento.

Para o cargo de primeiro vice-presidente, o PAIGC vai propor Califa Seide, que liderava a bancada parlamentar do partido na legislatura que agora termina.

O segundo vice-presidente do parlamento será indicado pelo Movimento da Alternância Democrática (Madem-G15), segundo partido mais votado nas legislativas.

Os novos deputados do parlamento da Guiné-Bissau tomam posse na quinta-feira, numa sessão onde também será escolhido o novo presidente e vice-presidentes da Assembleia Nacional Popular.
Lusa, 24-07-2023

terça-feira, 18 de julho de 2023

Coligação PAI TERRA RANKA vai criar um governo de inclusão para 4 anos

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação “PAI-Terra Ranka”, Domingos Simões Pereira, disse que a coligação vai formar um governo de inclusão para dirigir o país nos próximos quatro anos com o propósito de garantir a paz e estabilidade social e governativa aos guineenses.

“Defendemos um governo de inclusão como forma de garantir a paz, a estabilidade social e governativa, por isso, os partidos declarados perdedores vão ser convidados para a governação do país, porque são guineenses que igualmente aspiram o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, afirmou.

O político falava no sábado, 15 de julho de 2023, em Luxemburgo, à diáspora guineense na Europa em gesto de agradecimento aos eleitores pela vitória eleitoral da Coligação.

A Coligação da Plataforma Inclusiva – “Terra RANKA” formada por cinco partidos políticos, PAIGC, UM, PCD, PSD e MDG, foi o vencedor das eleições legislativas realizadas a 04 de junho do ano em curso, com a maioria absoluta, ou seja, conseguiu 54 mandatos, do total de 102, que constituem o hemiciclo da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

O MADEM ficou na segunda posição com 29 mandatos, PRS 12 mandatos, PTG 6 mandatos e APU-PDGB tem apenas um (01) mandato.

Falando para os apoiantes da coligação na diáspora, Simões Pereira aproveitou a ocasião para responder algumas questões levantadas nos bastidores sobre a sua participação no governo ou do lugar que vai ocupar no futuro Parlamento.

Pereira explicou que qualquer função que venha a desempenhar no futuro governo ou mesmo estando fora do mesmo, será ele politicamente responsável pela governação do país nos próximos quatro anos.
“A questão frequente que circula neste momento entre os guineenses é saber se Domingos vai ser primeiro-ministro, se vai presidir o Parlamento? Ou se fará ou não, parte do governo? Prefere a Presidência da República, entre outras imaginações… Perante todo esse exercício de ideias, o que me interessa, em primeiro lugar, é corresponder às expetativas do povo guineense”, assegurou, sem avançar pormenores sobre o assunto.

“Fomos vítimas de maus tratos na governação deles! Não podemos fazer o mesmo para com eles”, assegurou o político.

Domingos Simões Pereira afirmou que está disposto a ser-lhe exigido pelos guineenses se desviar das ideias que convenceram os eleitores a votarem no programa eleitoral da Coligação PAI “TERRA RANKA”.

Refira-se que as autoridades nacionais agendaram a investidura de novos deputados para o dia 27 de julho.

Entretanto, a formação do governo será depois da posse dos deputados.
FONTE: O Democrata

segunda-feira, 10 de julho de 2023

USE QUER UMA COABITAÇÃO SÃ ESINCERA COM O NOVO GOVERNO

O Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló garantiu que "não vai pedir pastas governa- mentais" à Coligação vencedora das eleições legislativas e assegurou que vai "coabitar" com fu- turo governo, sem deixar de exercer seu papel de Presidente da República.

"Vou para uma nova era de coabitação em que não tenho maioria, não vou pedir pastas nem nada. O povo é soberano, já decidiu e ponto final. Tem que deixar o partido vencedor mos- trar ao povo o que pode. Haverá uma coabitação sã e sincera, mas nunca abdicarei do meu papel de fiscalizador. Que fique claro que o Presidente da República é", disse o Chefe de Es- tado guineense à margem da cerimónia de colocação da primeira pedra do projecto imobiliário do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) no sector de Safim, arredores de Bissau, tendo igualmente vincado que "deve haver uma confiança recíproca" o presidente e o futuro primeiro- ministro.

"Recebi felicitações de vários presidentes, até do Presidente português Marcelo Rebelo Sousa a questionar-me se tenho noção da minha dimensão como chefe de Estado", referiu Sissoco Em- baló, e sublinhou que "a Guiné-Bissau está de parabéns. Conseguimos restaurar a nossa auto-es- tima e dignidade", disse Umaro Sissoco Embaló que deixa a presidência rotativa da CEDEAO.
Umaro Sissoco Embalo qualifica de positivoo seu mandato a frente da CEDEAO