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MADEM-G15 E PRS SÃO MAIORITARIOS NO GOVERNO DE RUI BARROS

Entre ministros e secretários de Estado no novo executivo de Rui Duarte de Barros, o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM) e o Partido da Renovação Social (PRS) acumulam 16 pastas enquanto o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que com a sua Coligação PAI-Terra Ranka foi o vencedor das eleições legislativas, para além do primeiro- ministro, fica apenas com 4 pastas, um número igual aos nomes escolhidos pelo chefe de Estado.

Do MADEM foi nomeado o homem que murmura na orelha de Sissoco Embaló, Soares Sambú como Ministro da Economia, Plano e Integração Regional; Marciano Silva Barbeiro, Ministro da Administração Territorial e do Poder Local; Maria Conceição Évora, Ministra da Comunicação Social; Herry Mané, Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica; Fidelis Forbs, Ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo; Viriato Soares Cassamá, Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática; Cipriano Mendes Pereira, Secretário de Estado das Comunidades; e José Carlos Macedo Monteiro, Secretário de Estado da Ordem Pública.

Os Renovadores contam também com 8 pastas, com Nicolau dos Santos, Ministro da Defesa Nacional; Ilidio Vieira Té, Ministro das Finanças; Malam Sambú, Ministro dos Recursos Naturais; Orlando Mendes Veigas, Ministro do Comércio e Indústria, Domingos Malú, Ministro da Saúde Pública; Maria Inácia Có Mendes Sanhá, Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social; Mónica Buaro da Costa, Secretária de Estado de Plano e Integração Regional; e Abas Embaló, Secretário de Estado de Gestão Hospitalar.

Os titulares das quatro pastas atribuídas ao PAIGC são Carlos Pinto Pereira, que permanece Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades; Mário Muzante da Silva, Ministro das Pescas e Economia Marítima; José Carlos Esteves, Ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital; e Aly Hizazy, Ministro de Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) regressa ao Governo assumindo 3 pasta, e o líder do partido Botche Candé regressa para a chefia do estratégico Ministério do Interior e da Ordem Pública. Fatumata Djau Baldé, ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural; e Alberto Demba Turé, ministro do Turismo e Artesanato.

Por fim os quatro eleitos do Presidente da República são Maria do Céu Silva Monteiro, Ministra da Justiça e Direitos Humanos; Malal Sané, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares; Mamadu Baldé, Secretário de Estado do Tesouro; e Elísio Gomes Sá, Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais.

Fazem também parte do novo executivo Valentino Hideberto Infanda [APU-PDGB], Ministro da Energia; Augusto Nhaga [RGB-Movimento Bafata], Ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria; Augusto Gomes [APU-PDGB], Ministro da Cultura, Juventude e Desportos; Nancy Raisa da Silva Alves Cardoso [Partido Luz], Secretária de Estado da Cooperação Internacional; Garcia Bifa [APUDGB], Secretário de Estado da Juventude; e Djibrilo Djaló [CNA] - Secretário de Estado de Ensino.

Este Governo de Iniciativa presidencial, mais que um governo de união nacional, é a antecâmara para a constituição de uma "aliança alargada", composta por o MADEM, PRS e seguida pelo APU-PDGB e RGB-Movimento Bafata, que poderá tornar-se no suporte da recandidatura de Umaro Sissoco Embaló a um segundo mandato.

Apesar de contar com quatro pastas, o PAIGC e o PAI-Terra Ranka demarcam-se deste Governo. O recém-nomeado Ministro de Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social, Aly Hizazy já anunciou que não está no Governo em nome do PAIGC, mas apenas a título pessoal. Este Governo foi formado com base nas pessoas do Presidente da República dentro dos respetivos partidos. Tal como ficou patente nos escolhidos do PRS, nomeadamente Orlando Viegas, Ilidio Vieira Té, Mónica Buaró, que são hostis a atual direção de Fernando Dias.

Os escolhidos do MADEM-G15, nomeadamente Fidelis Forbes, Marciano Silva Barbeiro, José Carlos Macedo, Soares Sambu, Viriato Soares Cassama, respondem diretamente a Sissoco Embaló e não ao coordenador do partido Braima Camara. No momento do seu regresso ao país, na se- mana passada, Braima Camara, vincara que a preocupação do MADEM-G15 é reorganizar o par- tido e não fazer parte do Governo. Fontes no MADEM-G15 dizem que Braima opôs-se à participa- ção de membros do partido neste Governo.

e-Global, 21-12-20-23