sábado, 30 de dezembro de 2023

SECRETARIO DE ESTADO DE ORDEM PUBLICA FALOU DA DETENÇÃO DO DIRIGENTE DO MADEM

O secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo, revelou esta sexta-feira (29.12), as razões da detenção de Malam Camará (Moró), no Ministério do Interior, e disse tratar-se de um alegado caso de corrupção a envolver o também ex-diretor administrativo e financeiro (DAF) do mesmo órgão governamental.

Em conferência de imprensa para esclarecer a razão da detenção do também dirigente do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), que está a ser muito criticada pelas organizações dos direitos humanos, que a consideram "ilegal", José Carlos Macedo explicou que a medida tem a ver com o procedimento de "Moró", em relação a um montante de 148 milhões de Francos CFA, movimentado da conta do Ministério do Interior, num dos bancos comerciais de Bissau.

O secretário de Estado da Ordem Pública acusou o ex-diretor administrativo e financeiro de levantar, das contas do Ministério do Interior, nos dias 20 e 21 de dezembro, antes e depois da tomada de posse dos membros do atual governo de iniciativa presidencial, cinquenta milhões e quinze milhões de Francos CFA, respetivamente, para o destino desconhecido.
"Mas isso não bastou. [Moró] mandou transferir 83 milhões de Francos CFA para um senhor comerciante que disse ser o fornecedor de alimentação ao nosso Ministério. Isto totaliza 148 milhões de Francos CFA", disse, exibindo as alegadas provas documentais das movimentações que terão sido feitas por Moró Camará.

José Carlos Macedo disse que, durante a interrogação, no Ministério do Interior, Moró Camará terá admitido o levantamento do montante em causa, mas justificou a sua atuação por ordens superiores, sem revelar, no entanto, de quem terão partido as referidas ordens.
"doa a quem doer, quem toma o que é do Estado irá responder em fórum próprio", garantiu o governante.

Macedo disse que Moró Camará não está na cela nem foi submetido a qualquer tipo de espancamento ou tortura, mas que irá sair do Ministério do Interior só depois de esclarecer o caso, prometendo, por outro lado, caminhar o assunto para outras instâncias, assim que for concluído a nível do Ministério.
Por CNEWS, 30-12-2023

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