PAIGC reaparece com alerta
para os riscos durante a transição
As preocupações
do PAIGC estão expressas num memorando que o partido
entregou à agência Lusa. Este memorando, contendo as
reflexões do partido sobre o período de transição em
curso, onde avisa que as atuais autoridades do país (Governo e
Presidente de transição) não estão a respeitar as orientações
da comunidade internacional, não informam sobre as suas pretensões
e ainda nada fazem para a realização das eleições gerais do
próximo ano.
PAIGC realça que os fatores de
sucesso do período de transição não estão a ser observados e
implementados, razão que motiva o lançamento desta nota de alerta
às forças vivas e à toda comunidade internacional sobre os riscos
decorrentes desta situação na Guiné-Bissau. Lembra que a própria
CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental),
praticamente a única instância internacional que apoia as
autoridades de transição na Guiné-Bissau, recomendou a criação
de um Governo de inclusão, proposta que, diz o PAIGC, não tem sido
respeitada.
O partido liderado pelo
primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, fala também da
situação de impasse que se regista no parlamento, onde acusa o
atual vice-presidente do órgão, Sori Djaló, de se recusar a deixar
a presidência do hemiciclo a favor de um elemento do PAIGC.
"O segundo vice-presidente do
parlamento, que assegura interinamente a presidência, deve ser
persuadido a respeitar o regimento interno deste órgão em vez de
bloquear os mecanismos conducentes ao processo de votação",
lê-se ainda no memorando.
PAIGC afirma ainda ser incompreensível
que até agora o Governo de transição não tenha apresentado ao
país a sua agenda política de transição e sobretudo que explique
o que está a fazer para a realização de eleições gerais em 2013.
Sublinhando que "há atrasos na preparação das próximas
eleições", situações que, diz, podem colocar em risco o
próprio processo. No entanto, o partido aponta uma serie de
iniciativas que devem ser tomadas pelas atuais autoridades para a
credibilidade das próximas eleições.
O PAIGC
pretende que as eleições gerais sejam realizadas sob a coordenação
da Organização das Nações Unidas, integrando organizações
africanas como UEMOA (União Económica Oeste Africana),
CEDEAO, União Africana, CPLP (Comunidade de Países de Língua
Portuguesa) e União Europeia.
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