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PONTO DI MIRA: O que é nosso, exige de todos nós

Por: Samba Bari

Queridos leitores e estimados irmãos, acreditem que estou muito grato com todos vocês… Mas permitam-me manifestar de forma especial a alegria para todos os que de forma corajosa e paciente, tiveram a vontade de intervir para dar a sua ideia no questionário bi-semanal proposto.

Seja como for, de uma forma ou de outra, na minha opinião, todos demonstraram o interesse e preocupação com essa pátria chamada Guiné-Bissau... Compreendo que a nossa compreensão e temperamento se difere perante questões delicadas. E nesse caso também não podia ser excepção...

No total, “Rispito” recebeu dezoito intervenientes que de forma curta ou desenvolvida muitos souberam expôr em ribalta os sentimentos de dor e os gritos de sofrimento.

Contudo, peço imensas desculpas de não poder mandar ao público uma boa maioria de ideias e opiniões, pela simples razão de:

*Umas seguirem o ritimo de continuidade das críticas que todos e cada um de nós tem na ponta de língua, em vez de se basear em apontar alternativas ou soluções futuras conforme aqui foi pedido...

*Outros optaram pelo uso de linguagem incoerente, do desabafo, da linguagem ofensiva até insultuosa... O que contraria por completo o pedido que o “Rispito” fez.

Embora se salvaguarda o principio de autonomia privada de cada um de nós, mas também “Rispito” pede a compreensão de que o objectivo desse espaço visa a promoção de reencontro e apagar aquela chama de calor quente que nos impede conviver na divergência, na base amizade e irmandade, na luta que a vida nos impõe, pela mesma causa que é a Guiné-Bissau.

Lembra-se que a questão em causa era: ”Na sua opinião, o que se deve fazer para que a Guiné-Bissau possa encontrar definitivamente o seu rumo certo”?

Compreende-se a complexidade da questão, mas é exactamente por isso é que a mesma exige de todos e de cada um de nós na busca de solução. Porque de certeza ninguém de nós se conforma com o que foi... Do que é... E muito menos para que isso se continue.

Sendo assim, nunca é demais e nunca é fora do tempo... mande a sua ideia que deverá ser valiosa para todos. É simples e fácil... Basta que ponha de lado o seu sentimento nervoso... Distanciar do seu espírito de revolta... E dispensar o seu desabafo baseado só em crítica... Para juntar nessa iniciativa de reflexão profunda e concurso de ideias viáveis que visam a busca de sairmos nesse mal-estar persistente da Guiné-Bissau.

Para terminar, deixo aqui quatro ideias bem resumidas (que podiam ser desenvolvidas) mas que são baseadas so em apontar o que deve ser feita:

1 – Emanuel D'Alva - cidadão Angolano residente no Reino Unido (Manchester) disse:

Apesar de não ser Guineense, penso que uma reforma profunda dos membros do governo, trocando- os pelos jovens formados no estrangeiro, daria, a curto prazo, uma nova dinâmica a Politica e vida social da Guine... Todo o resto, viria por acréscimo... 

2 – Adama Seide – cidadão Guineense residente em Madrid (Espanha) disse:

Para mim, 1º deve-se a uma reforma profunda dos militares, dos políticos, e dos polícias.

Dar oportunidades a camada juvenil,(muito formados com ideias positivas sem posto de trabalho por falsa politica) revisão de estatuto, retorno da democracia no pais,dar valor a justiça para poder terminar com tantos crimes no pais (quem mata que seja julgado e castigado), e .... 

3 – Félix Gomes – cidadão Guineense, residente em Lisboa (Portugal) disse:

Na minha opinião como guineense que sou. Devemos fazer uma justiça cabal, perdoamos todos os culpados  na base de reconciliação dos guineenses.

Essa história é muita antiga. Não é um governo de unidade nacional que pode tirar o país onde está, sem uma justiça ou...

sentarmos-nos numa mesa redonda e falarmos olhos nos olhos, para lavar a roupa suja sem espírito de matar, dar a mão a palmatória, se for necessário, para podermos salvar a nossa Pátria amada em nome do Povo.

4 - Um cidadão Guineense residente no Tokyo (Japão) que ainda não quer ser identificado disse:

Para mim, temos que decidir numa verdade séria,.. Começando antes de mais, em dar a nova dinâmica (os jovens) o poder do futuro destino. Com aposta continua na competência... Reformar não só o sector da defesa e segurança, como também os políticos e a politica do país, que está cheio de caducidades e vícios não congratuláveis.

Dar a justiça uma atenção especial e credibiliza-la... De certeza isso dará por cobro aos  hábitos de matar pessoas com medo de ter adversarios, em defesa do lugar no poder.

Isso não bastará para a solução cabal, mas acredito que daremos um bom arranque rumo ao fim das contendas para estabilizar o país.

Meus irmãos, como não ganhamos com a política de terra queimada, nem rancores de mal por mal... Só nos resulta juntar ideias que visa resgatar o país e a nós mesmos com os embaraços constantes de atraso.