domingo, 14 de outubro de 2012

A jornalista guineense com paradeiro desconhecido na Angola
Por: Samba Bari
Há coisas na vida que nós conseguimos assistir, umas que conseguimos ver, outras que só conseguimos ouvir ou sentir, mas muitas se despõem  a bandeira que tantos pronunciam a falar.

Infelizmente, o que não falta na Guiné-Bissau são informações surpreendentes... E as noticias em dia, queiramos ou não elas são conhecidas de boca a boca, de conto em conto, até de noticias publicadas. 

E quando as noticias nos chegam,  podemos ficar com espanto ou choque, com medo ou com revolta, certo é que partilhamos as emoções e interiorizamos as informações ou as noticias conhecidas de acordo com a analise e interpretação de cada um de nós.
Do que ouvimos ou informados, provoca em nós o posicionamento que leva o aparecer de mais voz crítica para perfilar na linha vitima perante os que acham ser forçudo e dos quais a crítica não tem razão de ser... Nem falar das suas acções, nem falar das suas práticas.

Neste momento, sobe de tom a cada dia que passa a preocupada situação de mais um mistério de desaparecimento, desta vez da nossa concidadão e conhecida jornalista Milocas Pereira. Residente em Angola com função da professora universitária é dada como desaparecida a mais de quatro meses. 

Por omissão ou por a caso, os políticos contestatários e as figuras publicas críticas vão-se sucedendo nesse tipo de história desumano... Morte ou viva, certo é que a dona Milocas não está a ser vista nem ouvida entre tudo e todos.

Uma situação que poderá ampliar fissura entre o governo guineense não reconhecido pela Angola e o governo angolano. Porque seja como for, a cidadã é guineense, país pelo qual ainda nunca tinha abdicada em detrimento da Angola... Simplesmente fazia de Angola o seu pais de residência e de trabalho.

Nesta base, se lhe aconteça algo  inédito e de mistério, cabe ao governo angolano empenhar-se na descoberta da verdade, descortinar o mistério e dissipar as dúvidas... Porque se na democracia todos têm direito de opinião e de opinar... Também a luz do direito internacional cada ser humano deve ser salvaguardado o seu direito próprio de viver.

Mesmo não se tratando de uma voz crítica ou personalidade pública, um desaparecimento sem voz nem noticias, implica suspeita de morte ou assassinato. E para clarificar cada uma dessas versões ou o contrario, cabe em primeiro lugar, o governo responsável do território  da segurança pública e do espaço de habitat da   pessoa em causa. Nessa caso o governo angolano, já que apesar de tudo a senhora em causa até o momento do seu desaparecimento estava a prestar um trabalho público ao serviço do governo angolano no território angolano... E ainda, ao que tudo indica, não fez nenhuma advertência prévia de querer ausentar... Para onde ausentar... E para que tempo a sua ausência.

Sendo assim, aqui não se trata de arrogâncias da legitimidades do governo ou não, porque mesmo tratando-se de impugnação duma pessoa particular (os familiares neste caso), as autoridades de Angola tem uma obrigatoriedade de se esforçar para dissipar a verdade da mentira e facultar aos que sofrem uma versão segura e oficial.

Deste lado, aqui engrossa mais um desafio para as autoridades de transição... Uma prova de fogo que os mesmos devem enfrentar com mecanismos adequados e possíveis... Porque seja como for, são as autoridades que temos e não passa dos mesmos os protectores  dos nossos direitos, da nossa vida em geral e defensores das agressões que estão sujeitos, os nossos concidadãos na Diáspora.

Com diplomacia ou denuncia, com respeito ou verdade, esperamos a não admissão dos silêncios habituados nos casos absurdos e chocantes ao povo. Lembrando que o habito de fazer passar os casos crimes e as situações chocantes por via de silencio e desinteresse, fez de vitima muitos governos. Não só de criar contestação e revolta contra o governo em função, como conotar as autoridades nessas atrocidades (que não é o caso de momento).

Espera-se a melhoria da mentalidade dos Guineenses e das suas autoridades, suplicando dias abençoadas para o povo sofrido da Guiné-Bissau.

Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de - Lisboa

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