sábado, 16 de fevereiro de 2013

Não deixemos ser levados pela vida de modo errado
Quando pronunciarmos a "Boa Governação" e fizermos dela uma pergunta para cem pessoas em cem países, cidades ou comunidades diferentes, não há dúvidas que teremos cem respostas diferentes e cem interpretações desiguais. 

Pela simples razão de ser uma pergunta de resposta não exacta e da qual não existe uma  interpretação correcta e coerente que possa agradar todos e servir em todos os contextos. Porque o conceito de “Boa Governação” é muito mais que uma palavra sonante nos lábios de cada pessoa a responder, sobretudo na opinião dos doadores e dos que trabalham para apoiar o desenvolvimento. 

Sem intenção de tentar elaborar uma definição unânime e aceitável, mas ao falarmos em “Boa Governação”, o que de repente nos pode encher a memória é qualquer coisa como transparência em actos governativos, prestação de contas, debates públicos e oportunidades para que os cidadãos expressem as suas opiniões, participarem em processos democráticos e influenciar as decisões políticas que tenham impacto nas suas vidas.

Ai, há tantos que não têm esses ingredientes como é o nosso caso, dando razão a necessidade de terceiros a persuadir-nos em abdicar dos maus comportamentos que prejudicam a nós mesmos, mas... Como sempre que uma Pessoa responsável quiser boas orientações consegue encontrar um livro certo para ler ou um seminário ideal para frequentar... 

Já está entre nós o novo representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, o prémio Nobel de paz, José Ramos-Horta, que chegou com um espírito muito otimista de nos ajudar conseguir o que não temos e bem precisamos, ou seja, a "estabilidade efetiva" para o futuro desenvolvimento.

Trata-se de algo parecido com a expressão: "Assim que o aluno está pronto o mestre aparece"... Onde mais umas vez está aberto a janela de oportunidade que habilita a república de Guiné-Bissau o chance para se repor no concerto das nações. Enquanto que em cada um guineense incumbe a verdade e decisão de já mais aceitarmos permanecer em contínuo desentendimento, que possa levar noutras acções com resultados diferentes aos da paz e de estabilidade.


Guiné-Bissau não carece de recursos humanos de qualidade, com quadros jovens nacionais  e na Diáspora! Faltando só o estimulo, segurança e mérito de confiança de poderem participar.
  • Imaginemos um Guiné-Bissau onde apostas recaem na competência, não no amiguísmo ou nas experiências caducas e obsoletas! 
  • Onde cada cidadão é tido como importante nas ideias que apoiam os governantes na eficácia para combater a pobreza! 
  • Onde os cidadãos têm o mérito de estarem atentos nas atividades do governo e nas atitudes da oposição para perceber as politicas de quem é que prejudica o pais! 
  • Onde cada um pode opinar sem medo,  quando uma política não funciona como deveria ela é retirada e substituída por algo melhor! 
  • Onde existe diálogo entre governantes e cidadãos conducentes à políticas mais  justas e inclusivas, para uma melhor qualidade de vida de todos os cidadãos! 
  • Onde os políticos deixam de pensar só em governar ou fazer a politica de oposição em benefícios próprios e não de formas a que possam servir o povo! 
  • Onde os políticos tenham a consciência de que governar não é profissão mas um simples compromisso de responsabilidade perante o estado para servir o povo durante algum tempo! 
  • Onde a oposição é feita exclusivamente de forma construtiva, tendo como meta de chegar ao poder  só com a decisão popular!
Temos pais que temos, atravessamos momentos desagradáveis que todos sabemos e hoje estamos perante governo que temos, com dificuldades enormes herdadas do passado... Tanta necessidade transformada em obrigação e dever pende em nós, para responder o novo representante disponibilizando a nossa total vontades com esforços visíveis de fazer com que a Guiné-Bissau  doravante se consiga afirmar como uma república de paz e com passos seguros para o desenvolvimento.

Uma coisa muito importante que não devemos esquecer é de respeitar sempre a realidade inevitável em que somos obrigados a viver. Fazendo sempre o máximo que podemos, para trabalhar de formas a que possamos dar estimulo no que está para vir seja melhor. Mesmo não tendo certeza de algo melhor está eminente, o mais importante é não deixarmos ser levados pela vida de modo errado. 

Caros governantes, dirigentes e concidadãos guineenses:
Temos que lutar para dignificar a república da Guiné-Bissau, fazendo-a de um jardim para não estarmos preocupados em correr atrás das borboletas... mas sim, de limitarmos simplesmente em cuidar bem das flores desse jardim, para tornar atrativo as borboletas que venham até nos... Poderá  não ser as borboletas esperadas, certo é que outras hão de vir e, mesmo que elas demorem a chegar, sempre estaremos garantidos com felicidade de saborear o valor que há na beleza do nosso jardim. 
Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa
Nota: Leia mais analises do PONTO DI MIRA, a partir do domingo de manhã da próxima semana. Até lá

3 comentários:

  1. Arnaldo Djú , Portugal17 de fevereiro de 2013 às 12:15

    Bom dia nha ermon fidju di tchon Samba Bari.
    Continuo a achar te como um combatente da liberdade da pátria sem armas,mas sim com caneta na mão.
    Permita me agradecer te o teu esforço mental e físico de informar os teus irmãos Guineenses dentro e fora da Guiné-Bissau,através deste meio social.
    Sempre gostei da tua forma de narrar as coisas da nossa praça Bissau-Guineense.
    Leio todos os blogs/site sobre a nossa Guiné-Bissau,mas fico impressionado com a tua imparcialidade sobre as diferentes,ingredientes que faltam aos teus colegas(administradores dos blgs/sites).

    Nha mantenhas
    N'nõ sta djuntu

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  2. Vivo na Italia
    Aproveito a boleia do Arnaldo e fazer as palavras dele as minhas e acrescentar ainda mais que o Sr. Samba Bari merece um reconhecimento como um como um dos mais respeitados combatentes da Guiné. Porque a sua maneira de falar e aconselhar reflete um alto espirito de patriotismo e necessidade de contribuir para estabilizar o Guiné-Bissau.
    Acredite que convivo com este site (Rispito), mas a cada dia que passa tenho mais respeito admiração e um forte paixão de ler as suas narrações.
    Muito obrigado meu irmão.
    Força e coragem porque estamos contigo

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  3. Estimados leitores e caros compatriotas
    Muito obrigado pela leitura e atenção...
    Acrescentando que é só com a imparcialidade verdade e incentivo é que poderemos fazer algo para melhor, de outra forma significa enterrar o país no desentendimento.
    Obrigado pelos comentarios
    Façam isso mais vezes com a certeza de estarem tambem a contribuir na melhoria da minha inspiração.
    Grandes abraços

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