segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Prolongamento de Transição com propostas de duração entre 6 meses a 3 anos

Dirigentes políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau debateram ontem 17 de Fevereiro, no Parlamento o prolongamento do período de transição para mais seis meses ou três anos após o término do atual período, em Maio. 
Num debate dirigido pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, líderes partidários, as chefias militares e representantes das organizações da sociedade civil analisaram os passos a serem encetados no país tendo em conta a impossibilidade de se organizar eleições gerais em Abril próximo. 
Falando à imprensa no final dos debates, que durou sete horas sem interrupção, Serifo Nhamadjo afirmou que “as partes estiveram na procura do meio-termo” sobre a prorrogação do período de transição, com uns a defenderem seis meses e outros mais três anos. 
Para o chefe de Estado guineense de transição o tempo da “nova transição até nem é o mais importante”, desde que se saiba de concreto “quais os itens” que serão englobados nas várias reformas que devem ser realizadas no país. 
Sobre o exercício de hoje, o Presidente de transição diz ter ficado encorajado com o diálogo “aberto e franco” entre os vários atores da vida do país, sublinhando que “os guineenses têm que ter coragem de conversar”. 
“É esse o elemento que me motiva, que haja diálogo franco e sincero, frente a frente”, disse, Nhamadjo, que quer ouvir a opinião de todas as franjas da sociedade guineense antes de cimeira de chefes de Estado da CEDEAO no dia 27 em Abidjan, na Costa do Marfim. 
Na sequência do golpe de Estado de 12 de abril, foi fixado o prazo de um ano para realizar eleições gerais, mas as autoridades de transição têm vindo a público admitir que vai ser impossível realizar eleições nesse período. 
Em princípio, as eleições gerais deveriam ter lugar em abril próximo. 
Na reunião de ontem dia 17 Fev., os militares, pela voz dos tenentes-coronéis Júlio Nhaté e Daba Na Walna, advogaram o prolongamento do período de transição, e consequentemente a realização de eleições, para três anos.
Lusa, 17 de Fevereiro de 2013

2 comentários:

  1. Arnaldo Djú , Portugal18 de fevereiro de 2013 às 15:44

    Ora viva nha ermon fidju di tchon sagradu Samba Bari,mas outra triste noticia sobre a nossa querida Pátria. Até quando é que os Guineenses vão perceber que só na base de dialogo/conversa honesta e sincera é que pode nos libertar desta tamanha impunidade?Será que os(actores)que propõem essa proposta de duração de 3 anos de transição não pensaram nas consequências?
    Será que os seus interesses pessoais falam mais alto que os interesses nacionais?
    Será que estas pessoas preocupam com a Guiné-Bissau?
    Será que estas pessoas têm amor pelo o País que lhes viram nascer?
    Mas pronto como o nosso ilustre musico imortal Zé Carlos diz e bem: PÕ TUDU TARDA KI TARDA NA MAR,NUNKA I BIDA LAGARTU.

    Nha mantenhas
    N'nõ sta djuntu

    ResponderEliminar
  2. Meu irmão! Os questionários por si levantados são boas perguntas para melhor responder os sujeitos proponentes... Contudo cá estamos para continuar a luta.
    Abraços

    ResponderEliminar

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público