sábado, 30 de março de 2013

Os partidos é que decidem

Quem estava a crescer como eu, tal como quem nasceu depois das histórias do fim da luta de libertação nacional e o processo inicial da instauração democrática, ambos amadureceram hoje conscientes dos custos da libertação nacional e dos sacrifícios da instauração democrática.

Processos que não devem ser vistas só pelas partes desajustadas, mas também merecedoras de alguma simpatia e gratidão nas suas misturadas partes positivas, ao menos daquelas que deram Guiné-Bissau o caracter de um país no seio de concerto das nações,  que de um lado e do outro foram protagonizadas pelas formações politicas que hoje são de destaque na Guiné-Bissau. Os libertadores (PAIGC) e os renovadores (PRS).

Independentemente das simpatias partidárias, dos sentimentos pessoais ou das insistentes criticas, tão facilmente pronunciadas no que respeita aos regimes anteriores titulados pelos dois... O PAIGC e o PRS, queiramos ou não, são as formações partidárias detentoras dos destinos da vida politica guineense. Onde a presença dos dois, dificilmente ou quase impossível poderá ficar a margem do futuro politico ou da tão querida estabilidade diariamente procurada.

Talvez seja por isso, de tanta verdade contada e da muita critica ouvida... Certamente, o resultado deve criar remorsos em muitos "senhores humanos" com cordão de responsabilidade atado de pernas a pescoço, cujo o espírito agora é de contrapor as horríveis histórias do passado.

Alias, se fizermos um pequeno exercício de olhar para trás e usarmos a coragem de dizer a verdade, com certeza seremos capazes de confirmar o comportamento elogiado do PRS antes, durante e depois do ultimo congresso, assim como sublinhar o respeito escrupuloso da democracia interna demonstrada pela direção do partido... 
Pelos vistos, tudo indica que o PAIGC também seguirá o mesmo caminho. E quando é assim, pode-se partir em realce o reforço da maturidade dos partidos em causa e das suas atitudes responsáveis, ao que parece ser eventual reconhecimento dos encargos da responsabilidade com o povo e com a República da Guiné-Bissau.

Assim sendo, pela necessidade de vermos afinadas as certezas de governação e o poder de evoluir com a sintonia, deve-se interromper com os passados críticos e de ataques constantes, para virar o flanco no lado das trocas de opiniões e o apontar ideias.

Na necessidade da boa consolidação desse processo inovador, com a plena certeza de que as futura eleições caberá os dois partidos (PAIGC e PRS) a repartirem o maior número dos deputados dentro do parlamento. Daí que essa analise semanal recai em advertências na escolha dos candidatos para ANP... pela carregada responsabilidade em perfeição das práticas, a importância da convicção nas discussões contraditórias em palpites para obter melhor resultado... As exigências de conhecimento e competência para debater e votar as leis importantes do país... Exigem de um deputado a sua autonomia própria, ao menos, o de saber ler e de compreender sozinho, como opção básica para enfrentar as lutas delicadas que determinam a vida de uma nação...
Porque segundo a lógica da lei, o conhecimento é anterior a discussão... E é impossível posicionar sobre uma matéria em discussão de forma coerente e segura, por intermédio de interprete. 

Um deputado é um ser humano, com uma personalidade e pontos de vista pessoais com base em ideais do que deve ser feito para um amanhã melhor para todos. Um cidadão com conhecimentos teóricos e supostamente com experiência na vida sobre diversas matérias relacionadas com a vida do país, com vontade e determinação própria de servir os cidadãos do seu país, de acordo com a constituição e sem qualquer conflito de interesse pessoal.
Mas como a legislatura guineense a semelhança de muitos não prevê a existência de círculos uninominais, significando isso que cabe a responsabilidade dos partidos avançarem com as listas dos candidatos. Já que, só recebe o nome de deputado o candidato que foi eleito pelo povo para ser seu representante no parlamento. Pelo que nunca é demais ponderar essa situação, e de priorizar a competência nessa escolha e seleção ... Porque logo ao ser eleito o candidato pelo voto popular, ele passa ser deputado para assumir mandato de quatro anos. Durante esse tempo, participa das sessões plenárias e dos trabalhos das Comissões. Além disso, atende pessoalmente aos eleitores, para poder encaminhar os seus pedidos a órgãos governamentais ou apresentando em Plenário assuntos de interesse social ou da região que o elegeu. 
Incumbe o deputado legislar e aprovar as leis que regem o estado; 
Fiscalizar o executivo e legislar sobre tributação, orçamento, consumo, meio ambiente, educação, saúde cultura etc.
Será que uma pessoa bastante limitada em cultura geral e agravado com a falta de domínio de ler e de escrever consegue desenrascar com eficácia num lugar tão superior as suas competências?

Com muito respeito aos meus queridos camarada e concidadãos que essa analise semanal possa atingir direta ou indiretamente e sublinhar que a mesma não se trata de idealizar uma luta contra alguém ou grupo, mas sim de dar uma sugestão pertinente no seguimento dos factos que defendem com garantia os interesses de todo o povo e a república da Guiné-Bissau.

Já que papel de um deputado exige de muita coisa, que não seja só de ser referendado com as opções do "sim" ou "não" dentro do parlamento e no ato das votações, onde muitos deles decidem  sem ideia clara nem convicção autónoma.

Seja como for, a confiança do povo continua na responsabilidade dos partidos políticos do país, sobretudo PAIGC e PRS, a espera da decisão/escolha das qualidades dos homens que queiram pôr nas "Colinas do Boé"...  Que dinâmica parlamentar quererão semear para durar dentro dos quatro anos após as eleições e nos cuidados que queiram dar o futuro politico da Guiné-Bissau com o fim da transição.


Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa
Nota: Leia mais analises do PONTO DI MIRA, a partir do domingo de manhã da próxima semana. Até lá

1 comentário:

  1. Arnaldo Djú , Portugal31 de março de 2013 às 13:58

    Este ponto di Mira veio na hora certa nha ermon.
    Em vespera do Congresso do maior partido Guineense (PAIGC).
    Essa questão em causa dos deputados ilectrados na nossa ANP,já foi levantada há muitos anos por uns deputados na altura, salvo erro foi o senhor Hélder Vaz e eu pessoalmente concordei com ele.
    Não acho que os deputados ilectrados fossem menos humanos perante os seus colegas,mas por questões das responsabilidades deles não é coerente que não saibam ler e nem escrever.
    Infelizmente os ditos doutores sem diplomas da nossa praça Bissau-Guineense já nos habituaram com discursos açucarados.
    Como todos nós sabemnos que o significado real de ignorante é o seguinte: Ele sabe ler, mas é um perfeito analfabeto.
    Por isso pode-se concluir que há muitos ditos doutores com gravatas até no chão,mas são uns analfabetos que perfilam ali na nossa praça.
    Faço um vibrante apelo aos meus irmãos Guineenses,as classes politicas e a sociedade civil em geral sigam este blog e tirem as ilações da nossa conturbada democracia.

    Nha mantenhas

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