quinta-feira, 20 de junho de 2013

MNE debate normalização de relações com Espanha e a União Europeia

A retoma da cooperação e "normalização" de relações foi nesta 5ª-feira (20 de Junho) o tema que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Delfim da Silva, debateu com os embaixadores da Espanha e da União Europeia (UE) em Bissau.
Em declarações aos jornalistas após as audiências, Delfim da Silva disse que os encontros com os diplomatas europeus foram no âmbito "da normalização progressiva" das relações do país com a comunidade internacional. 
"Nós dissemos que a diplomacia significa exactamente abrir portas e não fechar portas. Significa aumentar as opções do país. Cada país que tem relações com a Guiné-Bissau é uma opção. Quanto mais opções tivermos, melhor para nós. É importante alargar opções", defendeu o novo chefe da diplomacia guineense. 
O responsável explicou que teve uma longa conversa com o embaixador de Espanha, um país importante na Europa mas também importante para a Guiné-Bissau. 
Com o embaixador da União Europeia, Joaquim Gonzalez Ducay, o chefe da diplomacia guineense abordou os aspectos ligados à cooperação, sobretudo os apoios que os "27" poderão prestar ao país para a realização das eleições gerais ainda este ano. 
Gonzalez Ducay recusou-se a prestar declarações à imprensa, uma atitude que Delfim da Silva justificou assim: "O embaixador da União Europeia não queria mediatização da audiência. A UE tem uma posição clara (sobre o Governo de transição), essa posição ainda não foi alterada, mas está a apoiar tecnicamente. Já teve encontro com a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Há apoios que estão a ser preparados nesse quadro de normalização progressiva". 
Embora reconheça a importância das audiências, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau referiu que a normalização da vida política do país não poderá acontecer "num ato súbito". 
Questionado sobre se o Governo de transição não tenciona aproximar-se de Portugal, Delfim da Silva disse que está a trabalhar no sentido de voltar a contar com os apoios de todos os parceiros do país. 
"A Guiné-Bissau precisa de todos os parceiros. Nós precisamos, se fosse possível amanhã seria bom. Eu vou fazer todos os possíveis para que esses contactos sejam dinamizados o mais rápido possível. Nós não temos nada a perder, antes pelo contrário", observou Delfim da Silva. 
"Daqui há pouco vou receber o embaixador da Nigéria. Esses contactos vão prosseguir. Sempre com o mesmo espírito. Mostrar que o processo de normalização interna está acontecendo e queremos que esta normalização interna gradual obtenha correspondência externa. Este processo, que não é um acto súbito, vai culminar com a realização das eleições", acrescentou o chefe da diplomacia guineense. 
Angola Press - 20 de Junho de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público