O PROBLEMA DA GUINÉ-BISSAU NÃO RESOLVE SO FAZENDO ELEIÇÕES
Na edição 35 do Ponto di Mira (SEJAM SENSÍVEIS POR ESTE PAÍS QUE TANTO PRECISA) ja tinha publicado este editorial que merece ser repisado esta semana
De
1990 a data, ja vamos acima de duas décadas de ensaio com o que vigora na maioria parte dos estados desse mundo, "a democracia".
Um
factor de muita importância e de respeito, que infelizmente em nós só
funcionou realizando eleições que até por sinal a confiança que o povo entrega a classe politica acaba de morrer sem meios de atingir a sua vitalidade necessária.
Há
quem insinua a falta de competência, mas não! Devendo ser muito
provavelmente, a falta de compreensão e de interesse individual por
excesso... A falta de transparência na gestão da coisa publica que
refina as pontas de corrupção e o espírito de persistir para continuar a
mama... Torna o poder inseguro tendente à recorrer ao uso da politica
de terra queimada, o que provoca inevitavelmente a projecção de reflexos
chocantes na oposição e na sociedade civil. Daí, as opiniões começam a
divergir de forma desfavorável, com as informações de boa a boa, o
regime começa a criar sentimentos de revolta e as contestações sobem de
tom.
Com
a pobreza, o desnível social, o monopólio de emprego praticamente só
com o estado e o carater inato da politica cujo objetivo final é de
chegar ao poder... Faz do regime vitima de oposição feroz, ataques
verbais até manifestações tendentes a derrubar o governo sem
preocupações com a legitimidade ou de importar com as consequências que
poderão der e vier.
Na
classe castrense, quem conhece a rotina diária e as condições humanas
em que vive um militar guineense, sabe provar com que facilidades uma
rebelião pode ser propagada no sei dessa classe.
Assim,
para os momentos que aparentavam calmos na vista dos menos atentos e de
alguns da conjuntura internacional, por vezes com surpresa outras vezes
não, ressurge agitação de algo em pretexto para justificar mais uma
crise.
Como
não há golpe sem força, não há força superior ao uso de armas e os
detentores das armas são os militares. O concurso de todo
desentendimento e dissabor termina em mais um ciclo de crise onde as
armas atuam para inverter o cenário.
Pelo
menos foi assim com todos os regimes desde 1980... E, pela falta de
conclusão de uma única legislatura desde os primórdios da instauração da
democracia no país, demonstra a perpetuação do ciclo que tende a piorar
porque as mentalidades ainda continuam as mesmas.
Guiné-Bissau
tem muitos problemas abafados e tantos crimes de sangue acumulados, dos
quais o país não tem capacidades sozinho para enfrentar e julgar. E
pelos vistos a comunidade internacional está com pouca paciência ou
interesse de dar o seu braço de apoio.
Assim, pode-se verificar que o problema da Guine Bissau não é realizar as eleições tudo se começa pós eleições, as contestações os descontentamentos, o problema militar e os interesses por excesso enfraquecem os legitimados nas urnas que por fim acabam e ser encostados de forma ilegal...
O
assentar de uma verdadeira democracia na Guiné-Bissau, o país precisa
antes de mais apoios que visam organizar o parelho estatal e
administrativo, organizar e credibilizar o aparelho judicial, crescer o
sector privado para fazer face ao monopólio do estado como único
empregador o que obriga todos os cidadãos a serem políticos ou de
estarem na politica com vista a que cada um possa garantir o dia-a-dia
da sua sobrevivência... E depois a reforma de sector da defesa e
segurança.
Outro
sector de grande handicap, pois falar de reforma, a pronuncia deve ser
rápida e fácil, mas o procedimento e concretização não é um trabalho que
permite animo leve . Porque afinal, reformar alguém não só significa
convence-lo deixar o que fazia para ficar em casa, como também é preciso
atribui-lo certa condição que lhe garanta uma vida razoável e de
consolo enquanto reformado. Mas... Num país com escassas sintonia e de
entendimento, a tarefa é ainda mais complicada.
Tudo
isso, a Guiné-Bissau sozinha não tem condições de fazer e que precisa
de apoios sérios dos parceiros internacionais... Eleições é, de facto, o
pivô da democracia que demonstra a expressão da vontade popular e
factor basilar para a legitimação de qualquer poder. Mas no caso da
Guiné-Bissau, existem muitos pressupostos necessários que sobrepõem as
únicas preocupações de só realizar eleições e mais nada. Já que a
experiência nos ensinou de que, quem está com fome não importa saber da
existência de legitimidades ou algo que parece, a sua maior preocupação é
de achar o de comer para ficar cheio e sentir o conforto em si mesmo.
E
acreditem o que existe na Guiné-Bissau é a fome generalizada em todos
os sectores da vida nacional, onde fazer politica ou estar na politica e
chegar ao governo é o meio viável de matar a fome e de garantir o
conforto.
Por
isso, que a comunidade internacional não iluda em simples exigências,
de apoios financeiros e materiais para realizar eleições e, esquecer de
apoio necessário de matar a fome dos governantes e governados. Sob penas
de um tempo após as eleições seja necessário outra vez apoio para eleições porque a força de disputas na partilha alimentar faz desmoronar
a mais forte pirâmide arquitectada.
Queridos parceiros da comunidade internacional
A
democracia guineense só consegue atingir seu grau superior de
prosperidade, sem dúvidas, com apoios sérios para o descongestionamento
de politica como a única via necessitaria de sobrevivência para a
maioria, para conseguir dessa forma, tornar o Estado de Direito
sacramentado onde o governo passa gozar de uma clara transparência na
prestação das contas públicas em digno respeito do seu povo, de formas a
que o país possa ver consistente as bases que lhe permitem o respeito
ao eleitorado.
Enquanto isso meus irmãos e queridos compatriotas
Vamos
estimar este país, e fazer dele um exemplo de história péssima para uma
história de crescente evolução inédita. Convictos de poder arrumar a
casa, com luta permanente até ver o país a subir. Porque quando a
estabilidade, a paz e o desenvolvimento tomar conta de nós. Concluiremos
que afinal não era tão difícil vencer os maus pensamentos, nem
impossível meter uma nova realidade de entendimento e compreensão nas
nossas cabeças.
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Nem mais nha ermon fidju di tchon.
ResponderEliminarEste tema já foi abordado por ti num dos teus pontos di Mira,em que eu inclusivo fiz um comentário acerca do assunto,mas como disseste e bem nunca é demais repisca-lo novamente.
O problema da Guiné-Bissau,não reside apenas nas realizações de eleições,nas reformas da função publica e nas reformas das forças de defesa e das seguranças,mas sim na MENTALIDADE DOS GUINEENSES.
Nha mantenhas