sábado, 13 de julho de 2013

O PROBLEMA DA GUINÉ-BISSAU NÃO RESOLVE SO FAZENDO ELEIÇÕES

Na edição 35 do Ponto di Mira (SEJAM SENSÍVEIS POR ESTE PAÍS QUE TANTO PRECISA) ja tinha publicado este editorial que merece ser repisado esta semana

De 1990 a data, ja vamos acima de duas décadas de ensaio com o  que vigora na maioria parte dos estados desse mundo, "a democracia".
Um factor de muita importância e de respeito, que infelizmente em nós só funcionou realizando eleições que até por sinal a confiança que o povo entrega a classe politica acaba de morrer sem meios de atingir a sua vitalidade necessária.

Há quem insinua a falta de competência, mas não! Devendo ser muito provavelmente, a falta de compreensão e de interesse individual por excesso... A falta de transparência na gestão da coisa publica que refina as pontas de corrupção e o espírito de persistir para continuar a mama... Torna o poder inseguro tendente à recorrer ao uso da politica de terra queimada, o que provoca inevitavelmente a projecção de reflexos chocantes na oposição e na sociedade civil. Daí, as opiniões começam a divergir de forma desfavorável, com as informações de boa a boa, o regime começa a criar sentimentos de revolta e as contestações sobem de tom.

Com a pobreza, o desnível social, o monopólio de emprego praticamente só com o estado e o carater inato da politica cujo objetivo final é de chegar ao poder... Faz do regime vitima de oposição feroz, ataques verbais até manifestações tendentes a derrubar o governo sem preocupações com a legitimidade ou de importar com as consequências que poderão der e vier.

Na classe castrense, quem conhece a rotina diária e as condições humanas em que vive um militar guineense, sabe provar com que facilidades uma rebelião pode ser propagada no sei dessa classe.
Assim, para os momentos que aparentavam calmos na vista dos menos atentos e de alguns da conjuntura internacional, por vezes com surpresa outras vezes não, ressurge agitação de algo em pretexto para justificar mais uma crise.

Como não há golpe sem força, não há força superior ao uso de armas e os detentores das armas são os militares. O concurso de todo desentendimento e dissabor termina em mais um ciclo de crise onde as armas atuam para inverter o cenário.

Pelo menos foi assim com todos os regimes desde 1980... E, pela falta de conclusão de uma única legislatura desde os primórdios da instauração da democracia no país, demonstra a perpetuação do ciclo que tende a piorar porque as mentalidades ainda continuam as mesmas.
Guiné-Bissau tem muitos problemas abafados e tantos crimes de sangue acumulados, dos quais o país não tem capacidades sozinho para enfrentar e julgar. E pelos vistos a comunidade internacional está com pouca paciência ou interesse de dar o seu braço de apoio.
Assim, pode-se verificar que o problema da Guine Bissau não é realizar as eleições  tudo se começa pós eleições, as contestações  os descontentamentos, o problema militar e os interesses por excesso enfraquecem os legitimados nas urnas que por fim acabam e ser encostados de forma ilegal...
O assentar de uma verdadeira democracia na Guiné-Bissau, o país precisa antes de mais apoios que visam organizar o parelho estatal e administrativo, organizar e credibilizar o aparelho judicial, crescer o sector privado para fazer face ao monopólio do estado como único empregador o que obriga todos os cidadãos a serem políticos ou de estarem na politica com vista a que cada um possa garantir o dia-a-dia da sua sobrevivência... E depois a reforma de sector da defesa e segurança.

Outro sector de grande handicap, pois falar de reforma, a pronuncia deve ser rápida e fácil, mas o procedimento e concretização não é um trabalho que permite animo leve . Porque afinal, reformar alguém não só significa convence-lo deixar o que fazia para ficar em casa, como também é preciso atribui-lo certa condição que lhe garanta uma vida razoável e de consolo enquanto reformado. Mas... Num país com escassas sintonia e de entendimento, a tarefa é ainda mais complicada.

Tudo isso, a Guiné-Bissau sozinha não tem condições de fazer e que precisa de apoios sérios dos parceiros internacionais... Eleições é, de facto, o pivô da democracia que demonstra a expressão da vontade popular e factor basilar para a legitimação de qualquer poder. Mas no caso da Guiné-Bissau, existem muitos pressupostos necessários que sobrepõem as únicas preocupações de só realizar eleições e mais nada. Já que a experiência nos ensinou de que, quem está com fome não importa saber da existência de legitimidades ou algo que parece, a sua maior preocupação é de achar o de comer para ficar cheio e sentir o conforto em si mesmo.

E acreditem o que existe na Guiné-Bissau é a fome generalizada em todos os sectores da vida nacional, onde fazer politica ou estar na politica e chegar ao governo é o meio viável de matar a fome e de garantir o conforto.

Por isso, que a comunidade internacional não iluda em simples exigências, de apoios financeiros e materiais para realizar eleições e, esquecer de apoio necessário de matar a fome dos governantes e governados. Sob penas de um tempo após as eleições seja necessário outra vez apoio para eleições porque a força de disputas na partilha alimentar faz desmoronar a mais forte pirâmide arquitectada. 

Queridos parceiros da comunidade internacional
A democracia guineense só consegue atingir seu grau superior de prosperidade, sem dúvidas, com apoios sérios para o descongestionamento de politica como a única via necessitaria de sobrevivência para a maioria, para conseguir dessa forma, tornar o Estado de Direito sacramentado onde o governo passa gozar de uma clara transparência na prestação das contas públicas em digno respeito do seu povo, de formas a que o país possa ver consistente as bases que lhe permitem o respeito ao eleitorado.

Enquanto isso meus irmãos e queridos compatriotas 
Vamos estimar este país, e fazer dele um exemplo de história péssima para uma história de crescente evolução inédita. Convictos de poder arrumar a casa, com luta permanente até ver o país a subir. Porque quando a estabilidade, a paz e o desenvolvimento tomar conta de nós. Concluiremos que afinal não era tão difícil vencer os maus pensamentos, nem impossível meter uma nova realidade de entendimento e compreensão nas nossas cabeças.



35

1 comentário:

  1. Nem mais nha ermon fidju di tchon.
    Este tema já foi abordado por ti num dos teus pontos di Mira,em que eu inclusivo fiz um comentário acerca do assunto,mas como disseste e bem nunca é demais repisca-lo novamente.
    O problema da Guiné-Bissau,não reside apenas nas realizações de eleições,nas reformas da função publica e nas reformas das forças de defesa e das seguranças,mas sim na MENTALIDADE DOS GUINEENSES.

    Nha mantenhas

    ResponderEliminar

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público