domingo, 25 de agosto de 2013

GUINÉ-BISSAU É POSSÍVEL

Certamente muitas pessoas encontram-se neste momento a pensar que a vida nunca oferecerá os resultados esperados, ou que o sucesso nunca mais chega na Guiné-Bissau. O mais correcto, é dizer que o sucesso ainda não está em quantidade suficiente e ousar imputar a nós mesmos, toda a responsabilidade desses factos. 

Sempre que nos encontrarmos nas encruzilhadas habituais, devemos repensar um pouco e fazer uma pausa para reflectir o porquê destes resultados e ligando-os imediatamente às nossas acções e os nossos pensamentos. 

O braço de ferro com que o país está perante a conjuntura internacional  merece a preocupação de todos e o reatar da confiança perante o mundo está na força da nossa vontade. Só que a salubridade dessa relação visa principalmente o cumprimento dos princípios democráticos, justiça e o respeito pelo direito humano. Alias, esses pressupostos são muito importantes não só no reatar das nossas relações com a comunidade internacional mas também na orientação do que queremos fazer e a onde queremos chegar... Sempre fazendo fé ao que é bastante difícil para muitos, o "Fazer bem, entender, aturar e perdoar"... 

Aos que são chamados de intelectuais e os políticos na vida politica que o tampo confia de experiência politica, o grande poder de valentia que se pode demonstrar neste momento complicado é de usar a inteligência para inverter o rumo dos acontecimentos com passividade, convencer os gananciosos e de colocar cada um no seu lugar conveniente.
A subtracção dos que estão colocados de forma errada em certos lugares e o desarme dos que servem mal nas posições chaves, não visa responder de mesmo jeito ou de abrir guerra frontal contra ninguém, já nos basta o que passou.

É verdade que o analfabetismo acaba com o domínio de ler e de escrever, mas o intelectualismo é o desenvolvimento crescente da nossa mente e das aprendizagens com as experiências diárias.
Durante o percurso da nossa vida e no decorrer da nossa evolução, é muito bom compreendermos que a nossa aprendizagem não acaba no momento em que abandonamos a cadeira da escola, muito pelo contrário, devemos monitorizar-nos e estar perto de bons exemplos para que possamos aprender com eles. Todas as pessoas que estão disponíveis a aprender independentemente da sua idade ou estado social, obtém grandes resultados na vida. Perceber que nem sempre estamos certos para poder retomar novas formas de encarar a vida e que ninguém é detentor de uma verdade absoluta.
Pelos grandes desafios que temos perante a nossa querida Republica da Guiné-Bissau, de nada serve o demonstrar de supremacia ou de subestimar quem quer que seja, todos somos importantes e cada um tem algo a dizer e de fazer para o bem estar do país. Catedráticos, estudantes ou analfabetos, cada um cidadão na sua categoria social tem a sua importância... Cada um tem algo que sabe fazer que outro não sabe e que pode contribuir para o sossego e bem estar social.
Devemos é dividir as tarefas de forma compreensiva e respeitosa sem hostilizar ninguém ou menosprezar ninguém

Porque analfabeto é característica de um ser humano que simplesmente não tem domínio de ler e de escrever, mas que pode ter uma boa escola de vida da qual tem assimilado uns ensinamentos com grandes experiências do dia-a-dia e que serve de aproveito. Daí que se cada um nós não sente excluído e é importante na conjugação de ideias em comum, em cada momento que nos aparece um obstáculo poderemos encontrar em seguida o livro certo para ler ou o seminário ideal para frequentar. Tratando-se de algo parecido com a expressão: "Assim que o aluno está pronto o mestre aparece".

Queridos irmãos e caros compatriotas
Todos aqueles que devem estar a pensar que Guiné-Bissau poderá ser uma falácia, ou que nada poderá mudar e que não vale a pena perder o tempo. São livres de pensar, certo é que, para a vida mudar nós temos que mudar primeiro. Adoptar os valores e procedimentos universalmente aceites e ser persistente na activação dos mecanismos tendentes a superar o mal estar do país. 

E quando o mau estar ainda resiste em ficar, tem mais valor em sermos coerentes na nossa persistência e nunca desistir. Porque a persistência  de um homem coerente mantém mesmo quando não tem resultados de imediatos, mas o otimismo e convicção de os alcançar a qualquer momento encoraja o regime da consistência na mesma linha de acção. Ou seja, enquanto não aparecer luz ao fundo do túnel e a iluminação total da escuridão nunca se deve abrandar a persistência.
Repito mais uma vez alertar que... 
Com tudo o que se passou e do que se vive neste momento, sempre é bom acreditar na convicção que um dia conseguiremos todos juntos tirar o país de todo mau estar. E fazê-lo de um exemplo de pior para melhor.
Por isso, nunca aceitemos fazer parte de quem deseja mal, ou fala mal, nem de gozar com a república que nos viu nascer... Porque seja como for é graças a ela é que somos todos identificados pela naturalidade e muitos pala nacionalidade.


Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa
Nota: Leia mais analises do PONTO DI MIRA, a partir do domingo de manhã da próxima semana. Até lá

1 comentário:

  1. Arnaldo Djú , Portugal25 de agosto de 2013 às 19:11

    Será que os nossos políticos ou dirigentes acompanham este bolg?
    Quando falo dos nossos dirigentes ou políticos é a mesma coisa falar do cidadão comum.
    Porque o desenvolvimento do nosso querido País,depende de todos nós(Guineenses),independentemente de estatuto de cada um,como diz e bem o nosso ilustre Samba Bari,todos somos importantes na construção deste país,na base de harmonia e de respeito mutuo sem menosprezar os outros.
    A Guiné-Bissau precisa dos catedráticos,doutores,engenheiros,médicos,enfermeiros,licenciados,técnicos,agricultores,pescadores ou seja os camponeses,etc...
    Porque cada um de nós tem a sua forma de contribuir em prol do país,respeitando a coabitação.
    Por isso continuo a dizer que nada cai do Céu tirando a chuva,por isso o desenvolvimento da Guiné-Bissau depende exclusivamente dos Guineenses e vamos unir os esforços para vencer os que querem ou desejam mal ao nosso País. Porque a união faz a força.
    Nha ermons fidjus di tchon sagradu,nos tempos mais difíceis(luta armada),éramos todos unidos,todos Guineenses sem distinção de etnias e religiões e conseguimos vencer as dificuldades e conquistar a nossa desejada INDEPENDÊNCIA,porquê agora de falar de ETNIAS?Será que há quem beneficie com essa designação? O POVO GUINEENSE com certeza não é o beneficiário.

    Nha mantenhas

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