UE quer suspender exploração da madeira na Guiné-Bissau para preservar ambiente
A União Europeia (UE) defende que seja suspensa a exploração comercial da madeira na Guiné-Bissau por um período de três anos para evitar um problema ambiental no país, anunciou a representação da UE na capital guineense.
O organismo segue "com preocupação o recente aumento de corte de árvores e exportação da madeira que ameaçam os recursos naturais", refere num comunicado divulgado na quarta-feira.
O corte indiscriminado de árvores tem sido denunciado pela população em vários pontos do país desde o início do ano e foi testemunhado pela agência Lusa no mês de Junho na região de Quebo, no sul da Guiné-Bissau.
A UE pede que seja respeitada a legislação "em matéria de ambiente e proteção de florestas" e apresenta sete propostas para um plano de ação e gestão dos recursos.
Entre elas esta a ideia de criar "uma moratória para a não exploração comercial da madeira por um período de três anos", dado que o negócio "não sustentável dos recursos florestais põe em grande perigo o ecossistema do País", justifica.
A UE defende ainda a reativação de uma comissão multidisciplinar do sector florestal com elementos da sociedade civil e técnicos do IBAP e do CAIA, para avaliar o processo de concessão das licenças e de implantação das indústrias madeireiras;
Dinamizar a gestão florestal através de microcrédito, estruturas comunitárias, criação de emprego e debates em fóruns são outras das ideias.
A representação da UE em Bissau está a trabalhar em conjunto com o Instituto pela Biodiversidade e as Áreas Protegidas (IBAP) e com a União Internacional da Conservação da Natureza (UICN) para mobilizar figuras e instituições em defesa da floresta.
RTP Notivias - 08 de Agosto de 2013
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