domingo, 30 de março de 2014

VOTO, DECISÃO RESPONSÁVEL

Todo o mundo sabe que não podemos vangloriar com um verdadeiro Estado, nem da Justiça, ou dos Direitos Humanos. 
Porque infelizmente,  a convicção do não, a incerteza do talvez, a desilusão de um quase sempre nos incomodou, nos entristeceu e tornou muita coisa aparentemente longe de alcance e tudo o que poderia ter sido ainda não chegou de ser.

Isso faz-nos preguntar a nós mesmos, às vezes, o que nos leva muitas vezes escolher as vias mais perturbantes de resolver  as coisas? 
Será a distância das vontades e frieza dos sorrisos? 
Será a frouxidão dos abraços e pouco amor da pátria?
Será a indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados?
Será ignorância ou incompetência? Mas não! dessa parte não estou de acordo porque eu acredito que o guineense é muito competente
Será excesso de interesse pessoal ou egoísmo? Tavez sim, mas...

Sempre dói um ato de irresponsabilidade, sempre dói qualquer prática incontrolada de subversões de ordem constitucional. Mas o que mais dói, é que no fim de cada ato irresponsável ou no fim de cada crime cometido os autores não pagam pelos atos ou pelos estragos que merecem.

Não pagam pelos danos físicos e psicológicos a boa maneira da justiça e a vontade dos mais atingidos e os que sofrem mais. Nem tão pouco se interessam pela imagem do país no mundo fora ou pelo tempo que isso leva a fustigar a vida dos citadinos, se bem que a recuperação é sempre o peso maior para os que têm mais amor a pátria

É uma dor que todo o guineense tem e é uma dor que devemos andar sempre a procura de remédio. Porque a dor definida como uma sensação mais ou menos aguda, pode não matar, mas consegue moer qualquer ser humano. 

Por isso mesmo, dói muito ouvir sempre falar da Guiné-Bissau toda a hora da mesma maneira e de forma desagradável. 
Dói ou sempre doeu ouvir os políticos, sociólogos, economistas,  pensadores ou doutores fazendo de opinião o nome da Guiné-Bissau cujo as perspetivas e as conclusões chegadas, convergem na distância do país do caminho certo para uma estabilidade e um desenvolvimento tão rápido.

Sabemos que até pode ser verdade, mas não deixa de doer quando visivelmente os dirigentes que confiamos o país continuam a não ter sorte de achar as vias próprias ou a tranquilidade suficiente de estabilizar o país.

Quando falo em sorte, subentendo lamentar a inconveniência de algumas responsabilizações distorcidas... que de inicio fazemos fé, mas que depois mudam de atitudes em detrimento de procedimentos que alimentam tensões e desconfiança, põe o país na insegurança e deixa o caminho aberto para mais uma razão de rutura.

Em todos os momentos políticos, do partido único até esta fase da nossa democracia, a questão sorte foi sempre uma situação adversa. Embora existem muitos persistentes, convictos, determinados com coragem de entender as coisa, mas a verdade é que nós ainda estamos do lado contrário do vento. 
É verdade que estar do lado contrario do vento exige mais esforço na luta ou no jogo, mas nunca devemos esquecer de que os ventos contrários também fazem parte da lei de vida. 
Por isso, a cada momento que a vida nos reserva a sanidade mental e físico de podermos pensar e de podermos trabalhar é mais uma oportunidade que cresce em cada um de nós para tentar recuperar o tempo perdido e de corrigir os erros cometidos.

Estamos perante mais um ato eleitoral, estamos perante mais uma oportunidade, estamos perante mais uma decisão do nosso futuro.
Num país pequeno, multi-étnico e onde existe muitos cidadãos interessados na politica. Onde existe muitos cidadãos críticos do passado, inspirados na vontade de ajudar a Guiné-Bissau e o seu povo. Mas como os projetos do desenvolvimento idealizados por cada cidadão só merece confianças de execução própria, eis o que reflete na existência de muitas candidaturas,
Seja como for, cada um dos candidatos (presidencial ou legislativa), tem mérito de ser respeitado como cidadão em gozo do seu direito e de uma consideração especial pela sua participação no enriquecimento na idealização dos projetos do desenvolvimento da Guiné-Bissau que o país bem precisa.

Mas na conjuntura dessa numerosa candidatura é que pende a decisão útil de um voto, porque no meio de tantos disponíveis a escolha só deve ser um Presidente da república e um Primeiro-Ministro, 
Daí que é necessário um voto de consciência porque a vida é fruto de decisão de cada momento… E, na vida nem todos têm dom de dirigir multidão... nem todos têm dom de executar com eficácia o que é comum, onde cada um tem a sua partilha.

Significando isso dizer que, não é votar pelo alinhamento étnico, votar pela confissão religiosa, votar pelos laços familiares ou votar nas relações de amizade é que deverá ser uma decisão responsável desse futuro próximo. Mas sim votar no conhecimento do projeto político, da confiança que pessoalmente ganhou no  candidato, tudo isso em articulação convincente com a livre consciência do votante.

É verdade que a vida é uma magia de segredo e o ser humano é um sujeito de mutação constante, mas numa decisão por escolha nunca devemos deixar de seguir os aconselhamentos da nossa consciência própria. Porque cada oportunidade de escolha que tivermos e o fizermos baseado na nossa livre consciencia, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro da nossa vida... Um dia, tudo o que silenciosamente conseguirmos plantar no presente, amanha, será plantação que poderá ser vista de longe... Perante uma boa decisão ou perante um má decisão... Certo é que fizemo-la com consciência livre.

Nós sempre temos hipótese de conseguir a sorte necessária pelas mãos invisíveis da fé e persistencia, para curarmos esses momentos de dor. Onde toda a sorte que outrora nos andou inversamente tornará uma sorte a favor, acreditando na existência em todo o ser humano vivente, uma força que é fundamental diante das dificuldades de vida e no dia-a-dia competitivo.
Em todo caso, continuamos apostados naquele otimismo de sempre e, harmonizar com o ditado popular que enfatiza a esperança como ultima coisa a morrer.
Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa

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