segunda-feira, 28 de abril de 2014

Parceiros da Guiné-Bissau Prometem ajudar o novo governo a pagar os salários em atraso

Vários parceiros internacionais estão disponíveis para financiar salários em atraso nos setores públicos da educação e saúde da Guiné-Bissau assim que tome posse o novo governo, anunciou José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas no país.

"A União Europeia [UE] e outros parceiros estão disponíveis e há muito boa vontade para encontrarmos soluções", referiu José Ramos-Horta.

"Estamos a fazer esforços junto do Banco Mundial e outros parceiros, incluindo a UE e fazemos um apelo para que logo a seguir às eleições e à instalação do próximo governo haja injeção de algum capital" para que o novo executivo "possa fazer pagamento de salários", detalhou.

Professores, médicos, enfermeiros e outros profissionais do setor público sofrem do problema crónico de ordenados em atraso na Guiné-Bissau e o golpe de Estado de abril de 2012 agravou a situação do país com vários parceiros internacionais a suspender apoios financeiros diretos à administração pública.

A situação tem provocado a rutura de serviços e as greves são constantes.

José Ramos-Horta acredita que pagar os salários em atraso "é condição ?sine quo non' para respeitar as expetativas do povo" e para o novo executivo poder "governar com algum à vontade até organizar connosco a mesa redonda para mobilizar maiores financiamentos para [o período de] 2015 em diante".

A União Africana (UA) também já declarou que, assim que o novo presidente seja empossado, a Guiné-Bissau será convidada "a retomar a participação nas atividades da UA".

A posição foi assumida numa declaração sobre o país aprovada no 429.º encontro do Conselho de Paz e Segurança da UA realizado no dia 16 de abril na sede da organização em Adis Abeba, na Etiópia.

A organização aponta a realização de eleições bem-sucedidas como um passo significativo "para a completa restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau" e mostra-se satisfeita pela forma como tudo tem decorrido até agora.
Lusa 28 de Abril de 2014

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