quarta-feira, 18 de junho de 2014

"Uma amnistia é incontornável"

O representante especial das Nações Unidas para a Guiné-Bissau defende uma "reforma , com honra, dignidade e em condições de segurança" para os militares envolvidos no golpe de Estado de há dois anos.
José Ramos-Horta, dirigente histórico de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, está convencido a Guiné-Bissau só vai conseguir estabilidade "se o coração conseguir perdoar".

Questionado pelo DN sobre qual pensava que seria o destino que deviam ter os militares envolvidos no golpe de Estado de abril de 2012, entre os quais o atual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai, o atual enviado especial da ONU naquele país foi perentório: "Sejamos realistas. Uma amnistia é incontornável. Quem quer a paz tem de saber ter coração para perdoar e entender os medos das pessoas", sublinhou.
Falando pouco depois da cerimónia da tomada de posse dos deputados do novo parlamento eleito, Ramos-Horta destacou que este dia representava "o retorno à ordem constitucional,depois de um complexo processo de diálogo interno. Os guineenses estão de parabéns." Mas para o ex-presidente timorense é "muito importante que nenhuma das novas instituições, Parlamento, Presidente da República e Governo seja bloqueio da outra. É preciso que o Presidente da República seja sensível ao seu papel dele e crie condições para encorajar o diálogo".
Os militares são, assinala, "parte do país e têm que sentir isso. É preciso que sejam tratados como irmãos". Sobre o 'senhor da guerra' António Indjai, recordou que "ele próprio já manifestou a sua vontade de passar à reforma e ele, tal como outros militares devem ir para a reforma, por via do diálogo, com honra, dignidade e segurança".
Ramos-Horta apela à comunidade internacional que ajude a Guiné-Bissau a mobilizar recursos financeiros para a reorganização do país. "É uma questão política, mas é sobretudo uma questão humana. Numa altura em que há tantos países do mundo em conflito onde não se vê uma luz ao fundo do túnel, a Guiné-Bissau é um oásis que é preciso incentivar".
DN Globo 17 de Junho de 2014

2 comentários:

  1. Antes de qualquer amnistia, é preciso o reconhecimento dos crimes cometidos, o arrependimento e o pedido de perdão daqueles que vão ser amnistiados. Sem isso a amnistia e apenas uma farsa para cobertar e proteger os criminoso e não para confortar os corações das famílias das vítimas. Para apaziguar os corações e remover os ódios, não basta apenas amnistiar, como infelizmente o pretende, nobre representante das Nações Unidas.

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  2. O DR. RAMOS HORTA TEM SEMPRE A POSICAO AO LADO DOS NOSSOS TERRORISTAS COMANDADOS POR ANTONIO INDJAI E DO DIABO NHAMADJO E RUI DE BARROS. NAO SEI SE ACONTECERIA A MESMA HISTORIA EM TIMOR LESTE. DAR UM DIPLOMA DE MERITO AOS CRIMINOSOS E ASSASSINOS. O NOBEL DA PAZ VAI CONTINUAR A NOS INSULTAR ATE QUANDO? ESTES BANDIDOS NAO MERECEM NENHUM PERDAO AO POVO GUINEENSE, ASSASSINAM ESPANCAM E AGORA QUEREM SER AMNISTIADOS. NAO, TODOS TEEM QUE ASSUMIR SUAS RESPONSABILIDADES. SERIA BEM MELHOR PERGUNTAR O POVO SE ESTES BANDIDOS MERECEM UMA AMNISTIA OU UMA PENSAO VITALICA CRIADA POR ESTES CRIMINOSOS QUE VERGONHA ESTES ABUTRES DEPÖIS DE METEREM O PAIS A JOELHOS QUEREM UM SALARIO ATE AO FIM DE VSUAS VIDAS?????!!!!!!!! QUE MERDA?

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