sábado, 27 de setembro de 2014

JOMAV VOLTA  PEDIR O REGRESSO DOS EMIGRANTES

24 de Setembro, dia histórico mais importante da republica e dos cidadãos guineenses, cujo as celebrações anuais revê no espírito de encontrar melhores dias.
Este ano e a semelhança dos outros,  a data foi celebrado com manifestações, festejos e discurso oficial, que sempre fez desse povo martirizado igual a si mesmo em cada ano... Tranquilo, ordeiro e sempre esperançoso.

A importância do discurso pronunciado foi inquestionável em todos os aspetos referenciados e, pela segunda vez, os guineenses acolheram com agrado os aparecimentos oficiais de Sua Exª. Sr presidente da republica, outrora na tomada de posse e esta ultima no discurso oficial do dia nacional da independência. Usando discursos encorajadores, que estende braços ao otimismo e que envolve a união para a luta conjunta contra o pessimismo. Pois, diz-se que  a bondade em palavras cria confiança; a bondade no pensamento cria oportunidade e a bondade em dádivas cria amor.

Sem exagero nem hipocrisia, mas já se começa a cheirar o sabor agradável e dos sinais indicativos da verdade, seriedade e o espírito de trabalhar na base honesta, porque na vida tudo tem indícios... Quando vem algo de  mau, os principais sinais são do desentendimento e de tensões frequentes. Mas se for para bem, reina-se o entendimento, compreensão e tolerância. Ou seja, de uma forma ou de outra, por mais que seja insignificante, as pequenas manifestações do quotidiano envia-nos os sinais indicativos do caminho pela qual estamos direcionados.

Sem duvidas o país se confronta com muita necessidade o que requer grande ponderação para achar de forma certeira o ângulo primário de ataque. O que não é nada fácil mas muito possível com a vontade e esforço de todos os guineenses. 

Como guineense e a semelhança de "N" vezes, aqui gostava de analisar a parte repisada e sublinhada pelo Presidente da Republica ao que se toca com a feitura das malas dos emigrantes rumo a volta o mais rápido possível, e... Dizer antes de tudo, que são poucos entre os concidadãos que pensa fazer da Diáspora o seu habitat definitivo. Certo é que na vida, uma coisa é querer e outra coisa é poder... Onde o querer está totalmente condicionado pelo poder, porque sem o poder, o querer fica na mera ilusão e num dilema do impasse na viragem de buscar ali e de aventurar acolá sempre com intenção de achar o poder para dinamizar o querer. 

E no dilema de procurar o alcance do poder para concretizar o querer é que o carácter de vai e vem se transforma num costume do emigrante enquanto que os anos vão passando, e na maioria dos casos, sem uma definição estável de vida. 

Em muito dos casos, as famílias separam sem poder de se voltarem a reagrupar. A falta do poder financeiro de sustentar os dois lados (país de origem e país acolhedor), solidifica o rancor. Os filhos aparecem; crescem com necessidades de educação e de preparar para o futuro. Essa preocupação chega como a primeira causa para a dor de cabeça dos pais (emigrantes nesse caso).
A falta de decisão de ficar ou de voltar, mantêm-se numa dúvida inultrapassável. Por vezes, o desejo de voltar predomina, mas, quando se efectua visita a pátria, a localidade onde o emigrante nasceu e viveu, os familiares e amigos que aí deixou, o panorama muitas vezes não atrai. O ping-pong de andar desamparado, continua atrapalhar a tomada de decisão para um novo rumo de vida. A pergunta de «que fazer?» continua sem resposta. 

Ainda que alguns possam até estar de  certas possibilidades financeiras e com vontade de voltarem, mas uma outra preocupação dupla não deixa de ser uma chatice e o martelo da cabeça... Ou seja, a forma de integração na vida do país deixado há muitos anos  em caso de volta; e a incerteza de perder aquilo que custou o sacrifício de tantos anos de procura nas terras de outrem.

Para uns, a semelhança de muitos que agora têm esposas e filhos na diáspora, carrega-los de volta e reeduca-los na origem, em alguns casos é coisa que envolve um processo muito complicado que so o governo de origem pode ter possibilidades de resolver e que não custa pouco; e em outros casos é  quase que impensável, pelo dito vulgar de muitos que a situação do país ainda está a quem das condições para responder  a tamanha exigência necessária para implementar uma iniciativa de grande envergadura, mas que, sem dúvidas,  bastante boa.

Enquanto isso, a família do emigrante, lá continua no país da emigração, a aprender a língua e aturar tudo que for necessário, sem perder com os hábitos diarios desse mesmo país.
Ao passar de tempo, o emigrante mergulhado na continua duvida ilusória de voltar ou não. Muitos acabam por fixar a certeza na impossibilidade de  pensar no regresso. Uns por serem velhos e com mãos cheias de nada, outros por perca de curriculum mas ainda imbuídos de orgulho de fazerem algo antes de voltar. E outros pelo pessimismo irreversível da insegurança no país de origem.

Seja como for, o apelo de volta dos guineenses é mais uma  demonstração de boas intenções e a idealização de boa governação. Primeiro pelo interesse de juntar muitas ideias e muitos pensadores no país; Segundo pelo aumento da massa critica no país... Uma ideia fantástica e acolhida com agrado. 
Mas a iniciativa requer mais do que simples  apelo porque entre muitos, essa decisão de voltar, transcende um simples dizer que eu volto e voltar, pelo resumo supracitado. Ou seja, o caso requer uma politica Diplomática e negociada entre Guiné-Bissau e os principais países acolhedores na Diáspora de vários acordos. Assim como elaboração de uma politica interna pensada principalmente na reintegração dos cidadãos de forma abrangente e cativante.

Do resto é de acreditar que em cada guineense existe algo nato e muito importante que se chama de "amor a pátria"... Pelo que, cada guineense na Diáspora vive de saudades e com dores diárias de estar fora da Guiné-Bissau... Cada guineense na Diáspora vive de angustia do seu desapego com a Guiné-Bissau... Cada guineense na Diáspora vive com resignação de estar a esgotar a sua capacidade intelectual, a gastar o seu esforço físico e a ser simplesmente usado na terra de outrem quando bem podia dar o seu contributo na terra que lhe acolheu pela naturalidade e lhe deu a primeira nacionalidade. 

Mas... Tal como os ideias nascem dos pensamentos, crescem com as palavras, mas que depois são materializadas com os atos... A comunidade guineense da Diáspora já está com alerta máxima e aguarda com as malas meia arrumadas de perceber como?... e de que maneiras?...poderá aproveitar essa janela de oportunidade que se avizinha, para os que assim bem entenderem poderem voltar, assistir e contribuir no amplo processo do desenvolvimento da nossa querida e estimada Republica da Guiné-Bissau.
Bem haja.
Samba Bari

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