quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Interesse, incoerência ou incompreensão

O Governo de Carlos Correia se encontrava mergulhado no lamaçal, agora está dentro da fossa, no meio de um cheiro forte e desagradável, entre a vida e a morte. 
Tudo porque, os deputados da nação chumbaram com 45 votos ao favor, 56 abstenções e zero contra  o programa do governo submetido ao parlamento guineense. 

Braima Camará, Adja Satú Camará e Soares Sambú figuras sonantes do PAIGC, revelaram que existe uma crise sem precedente no seio dos libertadores ao ponto de orquestrarem chumbo e consequente queda de um governo do próprio partido.
De acordo com a Constituição da República e o Regimento da ANP, Carlos Correia, tem quinze dias para submeter de novo aos deputados o referido programa para reapreciação. Se reprovar pela segunda vez consecutiva, Presidente Mário Vaz terá margem de atuação na base das suas prerrogativas constitucionais convocar eleições antecipadas na Guiné-Bissau.

Durante os debates do programa, a Bancada parlamentar do PRS não exprimiu nem se quer uma palavrinha sobre a matéria, remeteu-se num silêncio total que culminou na reprovação do programa do 2º governo do PAIGC da Nona Legislatura.
Para o Líder da Bancada parlamentar do PRS, o Governo é ilegal e inconstitucional, porque não conseguiu apresentar o seu programa nos prazos previstos na lei.
Certório Biote afirma que PRS não precisaria de nada em contrapartida para viabilizar o programa, apenas o partido renovador está a fazer a política. 

Inconformado com o resultado da votação, o líder da Bancada parlamentar do PAIGC, afirmou que existe obstáculo no seio dos libertadores que resultou no chumbo do programa de governo, que representa uma manifestação de descontentamento.
Califa Seide assegura que ainda nada ainda está perdido, pois dentro de quinze dias, vão continuar encetar o diálogo no seio do PAIGC e no PRS para viabilizar o programa do governo. 
Com tudo, o político se manifestou preocupado, porque segundo disse, no meio do diálogo sempre aparecem pessoas que não o querem, remam contra a vontade da maioria colocando o país na crise politica. 

PM Carlos Correia promete remeter ao ANP o mesmo programa e  manifesta-se esperançado que na próxima vez o seu Governo será viabilizado.
No meio de tudo isto, o ciclone não parou, Cipriano Cassamá, Presidente da ANP, anunciou que o deputado Braima Camará é alvo de ameaça de morte por telefonema na noite de 4ª-feira, na sequência da crise política vigente na Guiné-Bissau.

Noutro lado da cortina, está confirmado que o Tribunal Regional de Bissau, considerou o requerimento da providência cautelar contra o conselho da jurisdição do PAIGC, que determina a suspensão de Baciro Djá nas fileiras do partido. Ou seja, a justiça deu sem efeito a suspensão e o Baciro Djá cotinua legalmente em funções como terceiro vice-presidente do partido.
Rispito.com/Lai Baldé-Correspondente, 23/12/2015

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