Comissão de Consolidação da Paz da ONU quer fim da crise na Guiné-Bissau
Grupo que apoia projetos de desenvolvimento no país defende reflexão dos líderes; comunicado chama a atenção para consequências e oportunidades a serem perdidas com a atual cenário.
A estratégia para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, PBC, disse que o impasse político no país ameaça as expectativas da população, o otimismo e a dinâmica que se seguiram às eleições de abril de 2014 num comunicado emitido quatro dias após a queda do governo.
O grupo de países afirma estar “cada vez mais preocupado” com a contínua crise política na Guiné-Bissau, que “levou à paralisia institucional e da oferta de serviços sociais e económicos para a população”.
Medidas
A reação do grupo de países segue-se à declaração dos Estados-membros do Conselho de Segurança que revelaram estar “prontos para tomar medidas para ultrapassar a nova crise.”
A PBC defende que os níveis de instabilidade só podem ser resolvidos com uma “clara demonstração de vontade política, proporcional às aspirações da população em prol da paz e do progresso”.
Perante o que a comissão chama de “contexto de incerteza”, as forças de defesa e segurança são reconhecidas pelo grupo “pela defesa da ordem constitucional e o respeito do Estado de direito, ao distanciar-se da política”.
Recursos
O papel da Missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Ecomib é destacado no comunicado que pede ajuda dos países com recursos para apoiar a força regional, cujo mandato termina a 30 de junho.
O apelo ao presidente e aos políticos no país é que “reflitam nas consequências da atual crise política sobre o desenvolvimento económico e social do país e as oportunidades a serem perdidas se o impasse não for resolvido rapidamente”.
A PBC faz lembrar os esforços internacionais para apoiar o processo de reconstrução, que incluem a realização da uma mesa redonda.
O evento ocorrido em Bruxelas angariou promessas de mais de US$ 1,5 milhão para apoiar o desenvolvimento da Guiné-Bissau até 2025.
O comunicado sublinha que é urgente que os membros do governo e os líderes políticos guineenses ultrapassem as diferenças para o fim do impasse político e para que a crise seja atenuada.
Rispito.com/Radio ONU, 16-05-16
Sem comentários:
Enviar um comentário
ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público