quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Auscultação do PR aos partidos é "desapropriada"

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, classificou hoje como "desapropriada" a auscultação do Presidente da República da Guiné-Bissau às forças políticas realizada esta semana.

"Voltar agora a convocar as forças políticas" é uma "tentativa de descredibilizar o Acordo de Conacri" de "forma desapropriada", referiu Simões Pereira aos jornalistas, depois de ter sido recebido pelo chefe de Estado, José Mário Vaz.

Os partidos com assento parlamentar e outras entidades assinaram um acordo a 14 de Outubro passado para ultrapassar a crise política no país, mas não há consenso quanto à figura que o Presidente deve nomear como novo primeiro-ministro.

O general Umaro Sissoko, o diretor do banco central, João Fadia, e um quadro do PAIGC, Augusto Olivais, são os três nomes em cima da mesa - sendo este último defendido pelo partido de Simões Pereira, que venceu as eleições de 2014.

No entanto, a maioria que está no Governo, formada pelo Partido da Renovação Social (PRS) e por um grupo de 15 deputados que se afastaram do PAIGC, nega haver entendimento em redor de Augusto Olivais, como hoje frisou Florentino Pereira, secretário-geral do PRS, ao deixar a presidência.

Braima Camará, ouvido em representação do "grupo dos 15", frisou que o acordo prevê que seja José Mário Vaz a escolher um nome.

"O que falta é a Assembleia Nacional Popular funcionar", referiu o primeiro-ministro Baciro Djá, um dos 15, escudado na aliança maioritária com o PRS.
O PAIGC domina os órgãos parlamentares, recordou Inácio Correia, vice-presidente da assembleia, que depois do encontro com o Presidente admitiu que a crise possa prolongar-se.

Se não houver nenhuma solução, Agnelo Regalla, presidente da União para a Mudança, admitiu hoje que talvez seja melhor avançar para eleições antecipadas.

Das outras duas forças no parlamento, Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática (PCD), defendeu que "a crise não pode continuar", enquanto Iaia Djaló, do Partido da Nova Democracia (PND, defendeu como necessárias as reformas legislativas previstas no Acordo de Conacri.
Rispito.com/Lusa, 26-10-2016

1 comentário:

  1. Meu Deus, Alah, o Todo-poderoso, N'Ghala, Ulé, Matchol, Sakala, Yakunue, Ounssou e todos os nossos outros bons Espíritos do Tchon. Quando é que este Senhor Florentino e o outro seu par Bakekuto e mais outros da sua linha vão perceber que a política não é uma simples retórica oca?

    Pois, Senhor Florentino, como é isso? Agora está a falar do "novo Governo"? Não se lembra da sua entrevista aquando da partida à Conakry? Lá o Senhor disse que o Roteiro da CEDEAO do 10 de Setembro do corrente, que ia servir lá de base de diálogo, não significava a “formação de um outro [novo] Governo”. Mas sim, a "remodelação" do presente. Parece que deu agora algum passo diferente na interpretação do tal Roteiro. Agora falta é tentar acertar o passo, da mesma maneira, também em relação ao acordado em Conakry. Talvez que isso venha mais tarde. Talvez também após três semanas. Para vir dar novamente o dito por não dito.

    Porque se é certo a sua info sobre o acontecido na Mesa Redonda de Conakry, qual terá sido então o significado do gesto do nosso “Presi”, de enviar para lá os três nomes? Quer dizer, sugeriu os três nomes aos atores reunidos em Conakry para que ninguém mexa em nada na sua sugestão. Para que ele, o sugeridor, venha mais tarde escolher ele mesmo, no sugerido, alguém do seu gosto entre os sugeridos. Sem opinião nenhuma dos atores aos quais ele se fez dirigir à partida a sua sugestão. Que género de democracia baseada nos princípios do consenso de tomada de decisões!?

    Mais uma vez, qual terá sido então o sentido da sugestão do S. Exa. Sr. “Presi” aos reunidos numa tal reunião? Uma reunião tida expressamente para a procura de uma solução de consenso, acerca do objeto constituindo a matéria mesma de uma tal sugestão. Porque é que sugeriu então? Para o Inglês ver? Brincadeira, Senhor Florentino! Onde está a lógica dos princípios do consenso, para as reuniões do género, tidas à procura de soluções aos assuntos de relevo, tal como este nosso IN CAUSA? Pensa, Senhor Florentino, pensa! Totona. E seus outros pares também. Pen-sem!

    Obrigado.
    E, boa sorte a todos nós, bissau-guineenses (Mulheres e Homens).
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

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