terça-feira, 15 de novembro de 2016

Proibição de manifestações "é ato vergonhoso"

Lesmes Monteiro
O Governo guineense proibiu manifestações junto ao Palácio da Presidência contra o chefe de Estado, José Mário Vaz, lê-se num comunicado divulgado em Bissau, que dá conta da proibição de qualquer manifestação ou marcha na Praça dos Heróis Nacionais e no largo da Câmara Municipal de Bissau ambos os locais nas imediações do Palácio da Presidência.
Segundo o comunicado, a medida visa garantir liberdade de circulação aos cidadãos que não adiram às manifestações que têm sido organizadas pelo Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados contra a crise política que afeta o país há 15 meses.
O movimento, constituído na sua maioria por jovens, pretende que o Presidente guineense renuncie ao seu mandato por ser, alegadamente, o responsável pela crise política.

defaultLesmes Monteiro, porta-voz do movimento, disse à imprensa que a polícia dispersou uma vigília que o grupo tentou realizar na segunda-feira (14.11.) à noite na Praça dos Heróis Nacionais, tendo sido agredidos alguns participantes na manifestação.
O dirigente adiantou que os protestos vão continuar, devendo ser organizados noutros lugares de Bissau.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos já pediu ao Governo a "revogação imediata" da proibição de manifestações junto ao Palácio da Presidência, em Bissau, que classificou como um "ato vergonhoso".

Em comunicado, a Liga considera que a interdição se trata de uma "decisão inconstitucional e uma afronta" ao Estado de direito democrático.
Para a organização, a medida "é um ato vergonhoso" para um país que proclama ser democrático.
Rispito.com/DW, 15-11-2016

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