quarta-feira, 22 de março de 2017

Oficiais de Justiça  iniciaram uma greve de cinco dias

Todos os serviços das secretarias judiciais e privativas do Ministério Público voltaram encerrados a esta quarta feira, de acordo com o pré-aviso de greve entregue ao Governo, depois de mais uma ronda negocial sem sucesso com o ministro da Justiça, Rui Sanhá.

Esta é a segunda vaga de greve dos oficiais de justiça no espaço de duas semanas, para reivindicar a efectivação do pessoal contratado há mais de 17 anos, pagamento de salários referentes às promoções já e aquisição de viaturas para o transporte colectivo do pessoal, entre outros reivindicações.

Pedro Gomes, porta-voz da Comissão da Greve,  há falta de vontade negocial por parte do Governo porque “até neste momento, ninguém se dignou em convocar o sindicato para sentar à mesa e negociar os pontos em causa.
Face a esta realidade, Sindicato dos Oficiais de Justiça considera que “o Governo terá de arcar com as consequências”.

Paulo Sanha, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Instado sobre a situação da referencia dos grevistas a questão de devolução do cofre geral da justiça no ministério, respondeu que os oficiais só vão entrar em greve no que respeita a parte do governo, porque da parte do STJ já tiveram uma reunião sobre o caso.

Isso numa altura em que se avizinha eleições no Supremo Tribunal, do qual Paulo Sanha pediu a classe política guineense de se manterem equidistantes no processo eleitoral, no sentido de evitar situações que possam pôr em causa a transparência do processo, lembrando que o ato só diz respeito ao poder judicial e que é uma instituição independente das lutas politicas.

Ao ser confrontado com a situação de corrupção na justiça, Paulo Sanhá, não confirmou mas também não desmentiu, simplesmente respondeu a pergunta de forma inteligente, ao garantir que a sua candidatura continuará a pugnar pela aprovação dos estatutos remuneratório dos magistrados, que visa contribuir para uma verdadeira independência dos magistrados, implementação das diuturnidades, viaturas de função para todos os magistrados.

 É de salientar que Paulo Sanhá (candidato da sua própria sucessão) e Mamadú Saido Baldé, são dois a presidência do STJ Numas a eleições do presidente e vice-presidente a realizar no dia 04 de Abril de 2017 em Bissau.
Rispito.com, 22-03-2017


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