CEDEAO ameaça aplicar sanções aos políticos guineenses

A posição foi hoje transmitida em Bissau por Nabi Bangoura, ministro de Estado e secretário-geral da presidência da Guiné-Conakry, no final da missão de avaliação que a organização enviou a Bissau, noticia a LUSA.
A missão ministerial, que chegou no domingo à capital guineense, foi a Bissau avaliar a aplicação do Acordo de Conakry, instrumento patrocinado pela CEDEAO e assinado em Outubro de 2016 por diferentes actores políticos guineenses, para acabar com a crise no país.
Após as consultas com líderes políticos, sociedade civil e confissões religiosas guineenses, a missão concluiu que o Acordo de Conakry não foi cumprido na sua totalidade.
Segundo o emissário da CEDEAO, os actores políticos guineenses têm assim 30 dias, a partir de hoje, para aplicar as directrizes do Acordo de Conakry, que no essencial prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento.
Quatro dos cinco partidos com assento parlamentar não reconhecem o actual Governo, referindo ser de iniciativa do Presidente guineense, José Mário Vaz, a quem exigem que demita Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro.

Recentemente, o primeiro-ministro, Umaro Embaló, afirmou que está a ser contestado por ser muçulmano.
A missão exortou também as autoridades a cessar com as agressões contra os cidadãos que se manifestarem de forma pacífica contra a situação política no país.
A organização da África Ocidental referiu ter indicado às autoridades guineenses que a "força de interposição" estacionada em Bissau na sequência do golpe de Estado de Abril de 2012 poderá ser retirada entre 28 de Abril e 30 de Junho deste ano.
A missão liderada pela chefe da diplomacia da Libéria, Marjon Kamará, vai agora informar o Presidente da Guiné-Conakry, Alpha Condé, mediador da crise guineense proposto pela CEDEAO, sobre a situação da Guiné-Bissau.
Rispito.com/Lusa, 25-04-2017
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