segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Subscritores do acordo têm de "fazer alguma coisa" para sua implementação

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou que a comunidade internacional está a ter uma "posição corretíssima" sobre a situação no país, ao defender que devem ser os guineenses a encontrar uma solução  para os seus problemas", disse José Mário Vaz.
O chefe de Estado falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira antes de se deslocar em visita à República do Congo a convite do seu homólogo Denis Sassou Nguesso.

Questionado pelos jornalistas sobre a questão do Acordo de Conacri, José Mário Vaz recordou que não é subscritor do documento, mas referiu que já tentou organizar uma reunião entre as partes, "que devia fechar com um Conselho de Estado", mas não estava ninguém no país.
"Estavam todos no estrangeiro. Às pessoas que estão diretamente ligadas ao Acordo de Conacri, que são subscritoras do Acordo de Conacri, eu pergunto o que fizeram para a implementação do acordo", questionou o Presidente.

Para José Mário Vaz, os subscritores têm de "fazer alguma coisa".

"Guineenses, está na altura de começarmos a conversar. Ontem comemos do mesmo prato, bebemos do mesmo copo, porque é que hoje não podemos fazer a mesma coisa conversando com os nossos camaradas, irmãos e colegas", disse, sublinhando que o que os une é superior ao que os divide.

Nas declarações aos jornalistas, José Mário Vaz afirmou que assim que regressar ao país o assunto Acordo de Conacri vai regressar à agenda.
"É um assunto que assim que regressar vamos ter agenda", disse.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta, o PAIGC e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.
Rispito.com/Lusa, 11-09-2017

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