quinta-feira, 21 de junho de 2018

PR disse que os Guineenses ainda não estão preparados para explorar recursos naturais

Image result for jomavJosé Mário Vaz, afirmou que os guineenses ainda não estão preparados para iniciar a exploração dos seus recursos naturais, sublinhando que se o assunto for mal tratado só vai beneficiar alguns.

"A exploração dos recursos naturais é uma matéria que me é cara. Variadíssimas vezes falei sobre isso. Não vejo com bons olhos, neste momento, a exploração dos nossos recursos naturais. Acho que o país não está preparado para iniciar a exploração dos seus recursos naturais", disse José Mário Vaz.
O chefe de Estado guineense falava durante uma entrevista conjunta que deu a vários órgãos de comunicação social para assinalar o quarto aniversário do seu mandato, a 23 de Junho.

"É uma grande responsabilidade e exige um nível de preparação fora do normal e sobretudo a nível das forças de defesa e segurança. Acho que os guineenses não estão preparados para a exploração dos nossos recursos naturais, porque se esse assunto for mal tratado irá beneficiar meia dúzia de pessoas", afirmou, quando questionado sobre o assunto.

Para o presidente guineense, é preciso "formar melhor os guineenses" para que a exploração dos "recursos sirva o interesse do país e do povo".
A Guiné-Bissau tem bauxite, fosfato. A nível dos hidrocarbonetos há boas perspectivas, segundo prospecções feitas, para a sua exploração, mas o presidente guineense denunciou o acordo de partilha com o Senegal, em 2014, propondo a reabertura de negociações para fixação de novas bases de partilha.
Questionado sobre as negociações, o estadista disse que é um "assunto que vai merecer muita atenção nos próximos tempos", recusando avançar mais pormenores por se tratar de um "assunto um pouco delicado".
"Aqui não é o espaço para falarmos desse assunto. Temos um secretário-geral que vai defender os interesses dos dois países", disse.
O antigo primeiro-ministro guineense, Artur Silva, foi nomeado recentemente pelo presidente como secretário-geral da Agência de Gestão e Cooperação entre o Senegal e a Guiné-Bissau, com sede em Dakar.
O Acordo de Gestão e Cooperação entre a Guiné-Bissau e o Senegal, que José Mário Vaz denunciou em Dezembro de 2014, foi assinado em Outubro de 1993 e incluiu a criação de uma zona de exploração conjunta, que comporta cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental.

A Guiné-Bissau dispensou 46% do seu território marítimo para constituir a ZEC e o Senegal 54%.

A zona é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50 por cento para cada um dos Estados, e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), ficando os senegaleses com 85% de hidrocarbonetos e os guineenses com 15%.
Uma fonte da agência de gestão da zona disse à Lusa acreditar que "até o final do ano" haverá um acordo que irá determinar uma nova partilha e desta forma permitir às "várias companhias", nomeadamente chinesas, suíças, americanas, canadianas e romenas, avançarem para a abertura de furos.
Dos 14 furos em prospecção de petróleo já realizados na zona, nomeadamente 13 em águas rasas e um em águas profundas, concluiu-se pela existência de "boas perspectivas", precisou uma fonte que acompanha a parte técnica do processo negocial.
Rispito.com/Lusa, 21-06-2018

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