terça-feira, 30 de outubro de 2018

José Mário Vaz pede Aristides Gomes à explicar razões de adiamento de legislativas

A imagem pode conter: 2 pessoas, interioresO Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, iniciou uma reunião com as autoridades eleitorais, partidos políticos e sociedade civil para o primeiro-ministro explicar as razões para o adiamento das legislativas, marcadas para 18 de novembro.

"Na semana passada, o primeiro-ministro veio dizer-me que por razões várias - é a ele que compete explicar - não é possível ir às urnas no próximo dia 18 de novembro", afirmou o chefe de Estado, numa intervenção no início do encontro.

O Presidente esclareceu que o primeiro-ministro lhe apresentou um conjunto de documento e que está presente na reunião porque é a "ele que compete explicar os fundamentos para a transferência as eleições que estavam marcadas para dia 18 para outra data".
"Penso que se falarmos direito, na unidade e amizade encontraremos uma saída para a atual situação", afirmou o chefe de Estado guineense.

O Presidente guineense também afirmou que se deve encontrar uma solução interna e não uma que "venha de fora".
"Quando há problemas em outros países não somos convidados para as ir dirimir e eu penso que temos capacidades e determinação como filhos da Guiné para encontrarmos uma solução", afirmou.

No encontro não participam os partidos com assento parlamentar com exceção do Partido de Renovação Social (PRS), segunda maior força política do país.
Numa carta, lida por José Mário Vaz, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) explicou a sua ausência do encontro com o facto de estar no Governo, que já apresentou um relatório sobre o recenseamento eleitoral.

O processo eleitoral para as legislativas, marcadas para 18 de novembro na Guiné-Bissau, tem sido bastante criticado pelos partidos políticos e pela sociedade civil, principalmente o recenseamento, que começou atrasado a 20 de setembro.
Recentemente, o Governo anunciou o que o recenseamento eleitoral se deveria prolongar até 20 de novembro e terminar dois dias depois da data marcada para a realização das legislativas, que deverão ter de ser adiadas.

A nova data das eleições legislativas ainda não foi confirmada, mas fontes ligadas ao processo admitem dois cenários, nomeadamente eleições em meados de dezembro ou em finais de janeiro de 2019.
No início de outubro, o Presidente da Guiné-Bissau já tinha feito uma reunião idêntica para perceber as críticas ao processo de recenseamento eleitoral em curso no país, tendo pedido para haver mais diálogo.
Rispito.com/Lusa, 30-10-2018

2 comentários:

  1. Bom, “pôr Aristides a explicar”…; mas explicar o quê.

    De que não se tinha conseguido o número suficiente de Kits para se poder iniciar com o processo de recenseamento eleitoral no dia 23 de Agosto de 2018 tal como inicialmente previsto.

    E de que, por isso tudo está agora atrasado de 29 dias, em relação à data da realização das eleições inicialmente marcada a 18 de Novembro de 2018.

    E que, se tudo vier correr agora bem com o recenseamento, com o prazo prolongado até o dia 20 de Novembro, mais Kits recebidos e a receber ainda, que se poderá descontar estes 29 dias, a contar, a partir do dia 20.11.2018.

    E que uma vez descontados estes 29 dias, a nova data das eleições poderá ser fixada nas datas entre, a Quarta-feira do dia 19 a Domingo do dia 30 de Dezembro de 2018. E que assim ninguém ficará prejudicado em relação ao acordado e aceite por todos inicialmente.

    É isso é que ele teve que explicar aos reunidos? Bom, se é apenas isso, isso tudo mundo já sabia e sabe. So Presi em todo o primeiro lugar.

    Por isso, reunir todo o mundo para a explicação apenas disso, é simples diversão.

    Obrigado.
    Pela honestidade intelectual, infalível...
    Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

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    1. Ah sim, para não deixar este outro aspeto também em limpo (mesmo um dia depois), ao lado deste antes exposto, eis um outro assunto ao publicado neste mesmo artigo cá comentado, ligado à sigla do PAIGC.

      A definição e a leitura explicitada da sigla “P.A.I.G.C.” não são e nunca foram, “PAIGC = PARTIDO AFRICANO PARA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE ”. Não! Não!, tal como, mais uma vez!, sugeridas e inseridas neste artigo cá em pauta, assim como em tantas outras vezes sobretudo ultimamente em muitos tantos outros artigos. Essa definição e leitura são totalmente falsas.
      Pois a definição e leitura correcta, são: o P.A.I.G.C. = PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE.

      E essa correção é séria. Com efeito, trata-se de um erro muito grave, quando se encara este assunto do ponto de vista de um dos princípios ideológicos, intrínsecos, incorporados nesta sigla, em relação à RAZÃO E A CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DESTE PARTIDO, O SEU OBJETIVO CENTRAL E SEU IDEAL. A INDEPENDÊNCIA.

      Apenas isso! Porque não querendo alongar-se mais neste debate aqui neste espaço. Mas, que esse aí seja dito, quem não entendeu isso, ainda não entendeu nada deste Partido.

      Obrigado.
      Pela honestidade intelectual, infalível...
      Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
      Que reine o bom senso.
      Amizade.
      A. Keita

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