CEDEAO admite impor sanções a quem travar processo eleitoral na Guiné-Bissau
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, disse este sábado que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) admite voltar a impor sanções a quem criar obstáculos ao processo eleitoral no país.
“Estava a ver o comunicado final da CEDEAO em que diz que aquele que tentar travar o processo, tentar criar dificuldades, como é do vosso conhecimento estava previsto sanções e com certeza que se assim for voltarão as sanções”, afirmou José Mário Vaz.
O Presidente guineense falava aos jornalistas no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, após ter regressado de Abuja, Nigéria, onde participou na última conferência do ano dos chefes de Estado e de Governo da organização.
“Não estou preocupado porque sei que o processo já ganhou o ritmo. Na Guiné-Bissau nunca houve problemas no recenseamento e muito menos nas eleições e portanto sei que isto tudo vai correr bem e vamos ter eleições livres, justas e transparentes”, salientou o chefe de Estado.
O Presidente guineense marcou eleições legislativas para 10 de março.
As eleições legislativas deveriam ter ocorrido a 18 de novembro, mas dificuldades técnicas e financeiras atrasaram o início do recenseamento eleitoral e obrigaram ao adiamento do escrutínio.
Nas declarações aos jornalistas, José Mário Vaz justificou que escolheu a data de 10 de março porque o presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambu, disse que “preenche todos os requisitos para evitar contestações” e porque a “maioria dos partidos políticos preferiram que aquela data”.
“Nós pedimos nesta conferência o acompanhamento. A vinda dos dois técnicos da CEDEAO permitiu a subida do nível de confiança, são homens preparados e experientes e que podem ajudar a que o processo seja livre, justo e transparente”, disse.
O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau, que terminou a 19 de dezembro, esteve envolto em polémica, com vários partidos políticos a denunciarem alegadas irregularidades, o que levou o Ministério Público a abrir uma investigação.
O Presidente guineense pediu também o apoio dos jornalistas para todos os guineenses andarem juntos, respeitarem a data das eleições e “evitar que haja problemas”.
Rispito.com/Lusa, 24-12-2018
Sem comentários:
Enviar um comentário
ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público