Guiné-Bissau está a transformar-se numa terra sem lei
O analista político Rui Landim defendeu que a Guiné-Bissau está a transformar-se numa terra sem lei, onde os que deviam proteger os bens do Estado compram-nos, perante a passividade do Ministério Público.
Falando num seminário sobre corrupção no país, Rui Landim, orador do tema probidade e integridade na vida pública, teceu duras críticas aos servidores do Estado, acusando-os de estarem a desmantelar "o que ainda resta da Guiné-Bissau como uma nação em construção".
Segundo Landim, na Guiné-Bissau de hoje o cartão de militante de um partido "vale mais que o bilhete de identidade" para se ter um emprego na administração pública.
"Todos estes diretores-gerais foram nomeados por causa da sua filiação partidária", notou Rui Landim, comentador de assuntos políticos na rádio Capital FM de Bissau.
O analista falava no âmbito do seminário sensibilização contra a corrupção no país, com destaque para o comportamento dos servidores públicos, lançada desde setembro pela associação guineense anticorrupção, liderada por Joel Fernandes, professor de direito na Universidade Jean Piaget de Bissau.
Para Rui Landim, o comportamento dos dirigentes políticos guineenses faz com que o país esteja a caminhar para o abismo.
"A Guiné-Bissau transforma-se numa terra sem lei. Já não há mais Estado. Não tarda nada, isto vira um pandemónio", defendeu o analista.
"Não tarda nada, por este andar, nem vamos precisar sequer de ter Governo, Parlamento, Presidente da República e muito menos Ministério Público", enfatizou Rui Landim.
Segundo considerou, aquela instituição judicial "anda a brincar com os guineenses", pela forma como "fecha os olhos à corrupção" que disse grassar no país.
Rui Landim questionou a passividade do Ministério Público perante "aqueles servidores públicos que fazem negócios com o próprio Estado".
As recomendações do seminário, que termina na quarta-feira, serão publicadas pela associação e ainda remetidas para a delegação das Nações Unidas em Bissau, financiadora da iniciativa, para o Governo, Parlamento e Ministério Público, disse à Lusa Joel Fernandes.
Rispito.com/Lusa, 18-12-2018
Senhor comentarista, não existe a verdade mais do que isso.A politica, o nepotismo são entre os principais males que afetam negativamente o sector laboral do país.Nunca o cartão de militância possa substituir um diploma, assim como amizade, substituir competência. Ditas por outras palavras, as nomeações devem obedecer critérios de selecção dos mais capacitados. Só assim é que o país possa caminhar para o tão almejada progresso que alguém sonhara.
ResponderEliminarSim a Guiné BISSAU ESTA SE TRANFORMADO NUM país sem lei porque os nossos governantes ainda nao sabem qual o seus direitos quanto ao povo,e o povo ainda esta com muitas dificulidades de enteder os seus direito perante o politicos.Quando é assim estamos apreste aminar um estado democratico onde neste estado quem manda sao as leis.
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