quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

DSP: "Resgate" aos bancos

"Muitos dos contactos que tenho recebido manifestam preocupação em saber da verdade à volta da questão do resgate e se a perseguição judicial que me tem sido movida tem alguma fundamentação. Não tem.

Primeiro é preciso clarificar que não houve nenhum resgate aos bancos. Houve sim uma operação em que os bancos com a carteira de créditos mal parados, mas com liquidez, solicitaram ao governo a compra dessa carteira de crédito com o dinheiro dos próprios bancos.

Uma operação meramente contabilística para permitir aos bancos ganhar tempo na recuperação desses créditos e continuar a financiar a economia.

A politização desta operação é um exemplo paradigmático da maior desonestidade política dos nossos detratores, pois os que mais estavam interessados na realização desta operação e que dela mais beneficiaram são os que mais acusam, a nossa administração.

Cerca de dois anos depois, pelos vistos, não conseguem produzir nenhuma alternativa plausível e aquilo que era considerado um crime é hoje praticamente aceite como única opção.

Basta que quisessem consultar o quadro dos impostos, para ver que os bancos voltaram a pagar impostos sobre rendimentos, o que já não acontecia há muito tempo antes da operação.

A perseguição judicial tem motivação exclusivamente política e visa tentar restringir a minha movimentação, tendo em conta a preparação da próxima campanha eleitoral.

Os promotores de tal investigação sabem e bem que, para além da clareza e transparência do processo, a operação não foi consumada no exercício do meu governo e nem teve a minha implicação direta.

Além disso, não se percebe a que título serei chamado a um processo que já saiu da alçada do Ministério Público e se encontra na alçada do tribunal. Se se trata de um novo processo que querem abrir sobre o mesmo assunto, isso vem comprovar a tese de perseguição política. Claramente, não se procura nenhuma justiça aqui.

A intenção é simplesmente cumprir um compromisso assumido de me perseguir, e que terá motivado a nomeação do atual Procurador-Geral, tal como havia acontecido com o seu predecessor.

Garanto a todos que estou sereno e tranquilo. Acredito que há-de chegar o dia em que os verdadeiros mentores de toda esta situação criada serão responsabilizados."

Domingos Simões Pereira
Presidente do PAIGC

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público