quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Órgãos de comunicação social públicos da Guiné-Bissau em greve durante 10 dias


Image result for jornal no pintcha da guine bissauO porta-voz da comissão intersindical dos órgãos de comunicação social públicos guineenses, Cussa Sissé, disse que vão estar em greve durante dez dias para exigir o cumprimento de um acordo assinado com o Governo em 2018.

Os funcionários da Radiodifusão Nacional (RDN), da Agência Noticiosa da Guiné (ANG) e do jornal estatal "Nô Pintcha" observam uma paralisação laboral até o dia 08 de fevereiro e se não houver uma resposta do Governo às exigências dos sindicatos prometem uma nova greve geral.
De acordo com Cussa Sissé, a greve, de dez dias úteis, serve para exigir do Governo a devolução aos funcionários dos órgãos públicos os 40% de subsídios que lhes foram retirados no âmbito dos ajustes salariais aos trabalhadores da Função Pública, o pagamento de três meses de subsídios em atraso e ainda a melhoria de condições laborais.
Sissé apontou a "forma deficiente" como tem vindo a trabalhar o centro emissor de Nhacra, de onde são propagados para o resto do país, os sinais das emissões da RDN, da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), dos canais áfrica da Radio e Televisão de Portugal (RDP e RTP) e ainda da Radio France Internacional (RFI).
Image result for jornal no pintcha da guine bissauO responsável sindical precisou que devido às avarias aquele centro, situado há 40 quilómetros de Bissau, apenas está a operar com um grupo eletrogéneo para o fornecimento da corrente elétrica que alimenta os emissores, fazendo com que os sinais estejam no ar das 10:30 da manhã às 22:30 minutos.
Cussa Sissé indicou que o Governo "deve resolver o problema do centro emissor de Nhacra", sobretudo, disse, agora que o país se prepara para realizar eleições legislativas a 10 de março e as presidenciais, ainda em data a marcar, mas também este ano.
O sindicato de base da Televisão da Guiné-Bissau não aderiu à greve, ainda que tenha assinado o acordo de compromisso com o Governo em agosto de 2018 e cuja falta de implementação motivou a atual paralisação.
"A TGB disse que tem um problema interno para resolver, por isso não aderiu à greve", afirmou Cussa Sissé.
O presidente do sindicato dos trabalhadores da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), Domingos Gomes, anunciou o boicote à cobertura de notícias de partidos políticos no país e ameaçou não cobrir a campanha para as legislativas de 10 de março se persistir a censura no país.
Rispito.com/Lusa, 30-01-2019

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