sábado, 6 de abril de 2019

Operação “Arroz do Povo” detém três pessoas

Três pessoas foram detidas na Guiné-Bissau no âmbito da operação “Arroz do Povo”, que levou à apreensão de mais de 100 toneladas de arroz doado pela China, anunciou  a Polícia Judiciária.
“Foram detidas três pessoas em Bafatá. Há mais suspeitos em fuga”, afirmou, em conferência de imprensa em Bissau, Fernando Jorge, inspetor coordenador da Polícia Judiciária guineense.

Segundo o inspetor, a PJ já apreendeu 2.731 sacos de 50 quilogramas de arroz, bem como um camião e uma outra viatura.
“Todas as pessoas implicadas vão ser responsabilizadas”, salientou o inspetor daquela força de investigação criminal guineense.

Fernando Jorge explicou também que o arroz doado pela China estava a ser mudado de saco e a ser vendido no mercado.
“O referido arroz que não é para fins comerciais estava a ser comercializado a 15.000 francos cfa [cerca de 22 euros, cada saco de 50 quilogramas] e a ser revendido a 17.000 francos cfa [cerca de 29 euros] e foi por essa razão que a Polícia Judiciária interveio”, salientou.
“Só queremos mostrar a nossa determinação e dizer que esta investigação vai até ao fim. A China doou 104 contentores de arroz e agora vamos perceber a dinâmica de distribuição desse arroz”, disse.

PROCESSO “ARROZ DE POVO: MINISTRO DA AGRICULTURA PODERÁ SER OUVIDO PELA PJA Policia Judiciária (PJ) guineense, não descarta a possibilidade de ouvir o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos, no âmbito do processo de apreensão do arroz oferecidos à Guiné-Bissau pelo governo da China, em Bafatá, leste do país.

A possibilidade foi transmitida aos jornalistas, pelo inspetor e coordenador das operações PJ guineense, Fernando Jorge, numa conferência de imprensa para fazer o balanço da operação denominado “Arroz de Povo”, no leste do país.

Aos jornalistas, Jorge revela que a PJ quando está a fazer qualquer investigação normalmente abstém-se de qualquer que seja autoridade para pedir a informação, por isso, vão continuar a fazer a investigação.

“Qualquer pessoa que tiver responsabilidade, incluindo o governante será objeto de um processo criminal, por isso, estamos determinados a continuarmos a nossa investigação para encontrar os responsáveis”, vincou Jorge.

Além da comercialização do produto em Bafatá, a PJ guineense acusa ainda o titular da pasta da Agricultura de ter apropriado de 20 sacos de arroz e autorizou entregar 10 sacos a alguns funcionários do Ministério da Agricultura.

Perante este cenário, o inspetor e coordenador das operações da instituição, revela que a PJ exige ao Ministério da Agricultura que informe a população o paradeiro de 1.891 sacos de arroz em Bafata.

No âmbito desta primeira fase da operação denominada “Arroz do Povo” a PJ guineense deteve três pessoas em Bafatá, entre o quais o delegado regional da Agricultura e uma viatura onde estava alguns sacos de arroz desviado.

Embora a instituição considera que o delegado regional da Agricultura em Bafatá, Tcherno Mamadu Djaló não tem responsabilidade no desvio de arroz, porque foi forjado a assinar o documento da receção do produto.

Segundo a indicação de Fernando Jorge, durante a operação os responsáveis do armazém da empresa Cuba Lda, onde o produto foi estocado e o proprietário da viatura, Mussa Canté puseram em fuga.
Rispito.com/Impala, 06-04-2019

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