sexta-feira, 10 de maio de 2019

"Arroz de povo" na mais um episódio para a história da Guiné-Bissau

O arroz de povo continua marcando episódios para uma história tiste a volta de um povo que tando precisa e num país que se reclama ser "um estado de direito".

O Democrata noticia que o cidadão Blimat Sanhá, magistrado do Ministério Público, dirigiu uma diligência da sua instituição para retirar o arroz apreendido pela Polícia Judiciária na quinta do ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Niculau dos Santos. Uma diligência efetuada sob a proteção de uma dezena de elementos da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) armados com AK-47, para garantir a  segurança do magistrado.

Os elementos da PIR, sob ameaça de confiscar máquinas fotográficas e telefones aos jornalistas que tentavam fotografar os polícias junto ao armazém, alegando que estavam alí apenas para fazer o seu trabalho por ordens expressas dos seus superiores, diziam ainda que não podiam permitir que as suas imagens aparecessem na imprensa.

A situação criou discussões entre agentes da PIR e jornalistas que tentavam fazer fotos do arrombamento de armazéns bem como do carregamento do arroz.

O Ministério Público reagia assim às instruções do Procurador-Geral da República, Bacar Biai, que ordenou que a PJ devolvesse o arroz apreendido ao armazém de onde  fora retirado, ordem que a PJ não acatou. Passado o prazo de 48 horas dado para a devolução do arroz, o Ministério Público, através do magistrado Blimat Sanhá, decidiu no fim da tarde desta quinta-feira, 9 de maio de 2019, violentar os cadeados selados do armazém alugado para retirar o arroz.

A operação, efetuada sob a proteção de forças da Polícia de Intervenção Rápida, foi presenciada pelo responsável do armazém do ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural, que contava os sacos recuperados do armazém. 

Blimat Sanhá pegou numa vara e partiu os cadeados usados pela PJ para selar o armazém que era vigiado por elementos da “MASA SEGURANÇA”, que presenciaram o ato.

O Democrata apurou que o ministério da agricultura tomou a iniciativa de alugar dois camiões para transportar o arroz para armazém próprio, mas apenas foi carregado um camião que levou 20 toneladas de arroz, correspondendo a 400 sacos. Depois de carregar o camião, o magistrado deu ordem aos jovens (estivadores) que carregavam o camião que suspendessem o carregamento e fechasse o armazém. 
Rispito.com/O Democrata, 10-05-2019

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público