domingo, 2 de junho de 2019

PR guineense reafirma que só nomeará novo Governo com o fim do impasse no parlamento

Image result for jomavO Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, voltou hoje a afirmar que só vai nomear um novo Governo após terminar impasse para a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.
De regresso da cimeira da Organização da Conferência Islâmica, que decorreu na Arábia Saudita, José Mário Vaz, disse, em curtas declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, que aguarda "que haja um compromisso, um diálogo franco, entre os deputados" para de seguida nomear o novo primeiro-ministro e consequentemente o Governo.
O Presidente guineense disse ter ficado triste com o que viu logo no primeiro dia dos trabalhos do novo parlamento, saído das eleições, mas espera que os deputados saibam ultrapassar as diferenças para desta forma "fazer o país arrancar".
José Mário Vaz afirmou ainda que é também triste quando os políticos não conseguem acatar os conselhos, de diálogo e compromisso, que são feitos pelos líderes religiosos, quando usam a sociedade civil para atiçar divisões ou quando tentam envolver as Forças Armadas nas disputas políticas.
Mas, por ser "um homem de crença", o Presidente guineense acredita que o país vai ultrapassar o impasse político em que se encontra.
José Mário Vaz aproveitou as suas declarações, sem direito a perguntas, para agradecer e felicitar as Forças Armadas, as quais pediu que se mantenham nas casernas e em obediência à Constituição do país.
O líder guineense aproveitou a ocasião para criticar, sem citar nomes, aqueles que se vão envolvendo nos problemas internos do país.
"O mais triste é que as pessoas aproveitam-se desta situação para se intrometerem nos assuntos que não têm direito, porque isto é um país soberano", observou José Mário Vaz, salientando que todos os países do mundo têm problemas, mas que nunca viu nenhum a vir à Guiné-Bissau pedir conselhos.
Em relação à cimeira, o Presidente guineense lamenta que não tenha assistido pessoalmente à conferência já que não conseguiu chegar ao lugar onde decorria, acabando por acompanhar, a partir de um hotel, por videoconferência.
Tínhamos agendado um encontro com sua Majestade (o rei da Arábia Saudita), mas infelizmente, no lugar onde ele estava era impossível vir até o hotel para esse encontro bilateral", afirmou José Mário Vaz que se mostrou satisfeito com os resultados da conferência que debateu o terrorismo, a unidade e solidariedade entre os países da OCI.
Mais de dois meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

O Presidente guineense termina o seu mandato a 23 de junho.
Rispito.com/Lusa, 02-06-2019

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