segunda-feira, 3 de junho de 2019

Presidente do parlamento convoca deputados para sessão ordinária

O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, convocou os deputados guineenses para a segunda sessão ordinária da atual legislatura para, entre vários pontos, elegeram o segundo vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Segundo a convocatória, a que a Lusa teve acesso, entre os vários pontos previstos na ordem do dia está a eleição do segundo vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular, bem como a discussão e votação do programa de Governo e da proposta do Orçamento Geral de Estado e do Plano Nacional de Desenvolvimento.

Cipriano Cassamá fez a convocatória após uma reunião da comissão permanente da Assembleia Nacional Popular, que exorta também o Presidente guineense, José Mário Vaz, a nomear com urgência o futuro primeiro-ministro indicado pelo partido vencedor das legislativas de 10 de março.

Quase três meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense termina o seu mandato a 23 de junho.

No sábado, José Mário Vaz reafirmou que só nomeia o futuro primeiro-ministro depois de a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estar concluída.
Rispito.com/Lusa, 03-06-2019

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público