A saúde é um comércio rentável que está “inltrado” por alguns grupos, acusa ministra
A Ministra da Saúde
Pública, Magda Robalo
Silva, disse que o sistema
de saúde na Guiné-Bissau alguns grupos que
“capturaram o sistema”,
impossibilitando a sua
melhoria.
Num encontro, este
sábado 10 de Agosto,
com médicos e
farmacêuticos, Magda
Robalo Silva disse que o
actual sistema de saúde
está “inltrado e
dominado” por
interesses comerciais,
sublinhando que esses
interesses conspiram
para manter o status quo
“Eu acho que o sistema
de saúde na GuinéBissau tornou-se um
comércio rentável para
alguns grupos, porque
capturam o sistema e
não conseguimos fazer
avançar aquilo que
deveria ser as questões
programáticas que
permitem reduzir a
mortalidade, a
morbilidade e ter uma
melhor saúde, o maior
bem-estar na GuinéBissau” insistiu,
denunciando que “há
interesses comerciais
instalados que fazem do no sector da saúde”
Por outro lado, a
ministra da Saúde disse
que o sistema de saúde é
“excessivamente
dependente” do
nanciamento externo, e
que há ruptura de stocks
de medicamentos que
acontece no país, mas
que não se consegue
explicar
“Há ruptura de stocks
que acontece, mas que
não se consegue explicar
por quê é que quando o
paciente chega tem que
ir comprar os
medicamentos, soros,
antes de ser atendido.
Nós temos uma central
de medicamentos que
devia poder fornecer
esses medicamentos,
mas que entra em
situação de rotura de
stocks. Eu também
penso que nós temos um
sistema que é
excessivamente
dependente do
nanciamento externo, e
que nós temos
procedimentos
burocráticos, que são evam a lado nenhum e
que somos largamente
decientes em matéria
de sistema de
informação e gestão de
nanças públicas,
contabilidade e
prestação de contas”
disse Magda Robalo
Silva, asseverando que
há uma espécie de
“comércio interno nos
hospitais”, por
considerar que os
“pagamentos informais e
directos” imperam nas
unidades hospitalares
“Há um uxo do
nanciamento de fundos
que não são
contabilizados. Eu penso
que o nosso sistema tem
processos arcaicos,
aleatórios, politizados e
que não nos permitem
funcionar como se
funciona em pleno
século XXI em qualquer
parte do mundo. Nós
temos que mudar isso e
mudar isso rapidamente
se quisermos avançar”
disse a governante.
“A gestão dos recursos
humanos é um problema vão, mas o salário
continua a cair na conta.
As pessoas não fazem
concursos públicos para
serem colocadas em
diferentes postos. Há
toda uma situação com a
gestão dos recursos
humanos que tem que
mudar. As pessoas têm
que merecer o posto em
que estão e têm que ser
avaliadas pelo trabalho
que fazem, e se não
derem rendimento têm
que ser exoneradas”
disse Magda Robalo
Silva, sublinhando que
“no nosso sistema
impera a informalidade.
A falta de
prossionalismo, de
rigor, de incumprimento
das normas e a
impunidade. Como
resultado de tudo isto,
eu acho que nós temos
um sistema com uma
crise crónica de
credibilidade. Um
sistema que é
fragmentado,
descoordenado, injusto.
O guineense que mais
precisa de cuidados de
saúde é o que menos especializados de que
precisa”.
Rispito.com/e-Global, 12-08-2019
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