COMUNICADO DE IMPRENSA
A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) discorda completamente com a deturpação de fatos relacionados
com o atual "impasse" político no país. É lamentável que alguns dos atores internacionais também tenham contribuído na deturpação dos fatos, especialmente no que diz respeito à posição do nosso partido.
Assim o nosso Partido esclarece, o seguinte;
- A Constituição da Guiné-Bissau organiza o poder político em um sistema semi-presidencial, que prevê um parlamento, um executivo e um presidente. O Partido ou coligação de partidos com maioria absoluta de cadeiras no Parlamento (Assembleia Nacional Popular) escolhe um Primeiro Ministro, por indicação do partido mais votado, ou pela maioria coligada. O primeiro-ministro consulta o partido no poder e/ou a coligação de partidos e nomeia membros do executivo, que também são devidamente nomeados pelo Presidente da República.
- Após as eleições legislativas de 10 de Março de 2019, nenhum partido obteve uma maioria absoluta de assentos na Assembleia Nacional Popular para formar o Governo. O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), sob a liderança de Domingos Simões Pereira, procurou o nosso Partido, sob a liderança clarividente do Eng. Nuno Gomes Nabiam, para formar uma coligação e posteriormente formar o governo.
- Consequentemente, o Governo da Coligação chefiado pelo Dr. Aristides Gomes, foi formado e empossado pelo Presidente da República José Mário Vaz a 3 de Julho de 2019, apesar de seu mandato ter expirado a 23 de Junho de 2019.
- No período subsequente, entre 3 de julho e 28 de Outubro, vários desenvolvimentos políticos, não consentâneos com as aspirações de nossos membros e cidadãos guineenses que confiam em nossa liderança, ocorreram em nosso país, levando nosso partido a considerar ilógico e insustentável continuar com a coligação politica com o PAIGC no governo. PAZ, UNIDADE NACIONAL E DESENVOLVIMENTO
- Consequentemente, a 29 de Outubro de 2019, nosso partido rompeu a coligação política com o PAIGC, ao assinar um novo acordo de coligação com dois outros partidos com representação na Assembleia Nacional Popular, a saber: o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento por uma Alternância Democrática (MADEM-G 15). É esta nova coligação que encaminhou o nome do novo primeiro ministro Faustino Fudut Imbali, ao Presidente da República e também formou o novo governo.
- Nosso partido não se juntou à coligação com o PAIGC sob os auspícios da CEDEAO ou de qualquer outro órgão internacional; Da mesma forma, não aderimos à nova coligação sob os auspícios da CEDEAO ou de qualquer outro órgão internacional. Respeitamos os organismos internacionais e esperamos que eles retribuam esse respeito a nós e aos cidadãos guineenses, nas questões políticas internas de nosso partido e da República da Guiné-Bissau, respetivamente.
- O principal ponto de discórdia neste momento no nosso país, NÃO é, se deveríamos ter eleições presidenciais ou não ( que DEVEM ocorrer a 24 de Novembro de 2019) mas, se todos os atores políticos e a comunidade internacional entendem, respeitam e estão dispostos a defender nossos interesses, e a forma de democracia conforme estabelecido na Constituição do nosso país.
Em conclusão, nosso partido acredita firmemente que o "impasse" político é artificial e está sendo perpetuado como tal, perante a comunidade internacional, por atores que desejam deturpar as disposições da Constituição da República da Guiné-Bissau e a prática da democracia parlamentar, de que desfrutamos ao longo destes últimos anos. Apelamos à comunidade internacional e a todos os amigos da Guiné-Bissau que respeitem a constituição de nosso país e a nossa incipiente democracia.
Feito em Bissau a 2 de Novembro de 2019
O Secretariado Nacional
Senhores, não podemos continuar a tratar esse país de maneira como pensam, vcs não sabem que o país não é vosso. A comunidade internacional ainda bem que percebe quem são vocês. 2
ResponderEliminar😂 😂 😂
ResponderEliminarSe vendem por uns tostoes. Deveriam ter vergonha na cara e respeitar o voto popular.
ResponderEliminarQual maioria absoluta é que têm no Parlamento? Três deputados de APU-PDGB já vieram ao público informar, que continuam na coligação com o PAIGC, UM e PND, que fazem 52 deputados. Os restantes partidos têm 50 deputados. A vossa conta só se for na formula de "Matemática de Boe"
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