domingo, 3 de novembro de 2019

José Mário Vaz disse que a decisão de exonerar o Governo é irreversível

O Presidente e candidato às presidenciais, José Mário Vaz disse hoje que a decisão de exonerar o Governo liderado por Aristides Gomes é "irreversível" e admitiu convocar o Conselho de Defesa Nacional para analisar o que considerou ser a "desobediência" do executivo demitido.

José Mário Vaz falava em Pitche, Gabu, durante uma ação de campanha eleitoral, que começou no sábado.

"Posso garantir-vos que a minha decisão de exonerar o Governo é irreversível. O meu decreto não irá por água abaixo. Já não havia condições de coabitação entre o Presidente e o primeiro-ministro demitido.

Ele nem sequer vinha para os encontros oficiais comigo", afirmou José Mário Vaz.

O chefe de Estado disse também que assim que regressar a Bissau vai "convocar a reunião do Conselho de Defesa Nacional" para na qualidade de comandante em chefe das Forças Armadas analisar o que considerou ser uma "desobediência por parte de um Governo demitido".

A campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro vai decorrer até 22 de novembro.

Participam na corrida 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça.

O Presidente guineense deu quinta-feira posse a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes na segunda-feira.

A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o Executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.

Uma missão da CEDEAO, que chegou sábado ao país, reforçou hoje que a organização apoia o Governo de Aristides Gomes e ameaçou impor sanções a quem criar obstáculos à realização das presidenciais a 24 de novembro.
Rispito.com/Lusa, 03-11-2019

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