CEDEAO quer decisão até 15 de Fevereiro na Guiné-Bissau
A CEDEAO instou a justiça guineense a tomar uma decisão sobre o contencioso eleitoral em curso na Guiné-Bissau até 15 de Fevereiro. A decisão foi anunciada pelo marfinense Jean-Claude Kassi Brou, presidente da comissão do bloco regional, na noite deste domingo, 9 de Fevereiro, no final de uma cimeira extraordinária do grupo oeste-africano em Addis Abeba, na sede da União Africana.
A reunião à porta fechada dos estadistas da CEDEAO contou com a presença de representantes dos 15 Estados membros, incluindo os lusófonos Cabo Verde (representado pelo chefe de Estado, Jorge Carlos Fonseca), e, o principal interessado, a Guiné-Bissau, que se fez representar pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes.
O fórum prolongou-se por três horas e deu azo segundo ao presidente da comissão da organização regional, ouvido no local pela rfi, a aprofundados debates.
Este enfatizou a importância do assunto para a Guiné-Bissau, mas também para a região.
Numa altura em que o Supremo Tribunal de Justiça analisa novo recurso do candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, após a Comissão nacional de eleições ter reiterado na passada terça-feira a vitória do candidato da oposição, Umaro Sissoco Embaló.
Jean-Claude Kassi Brou frisou a necessidade da normalização política na Guiné-Bissau e de garantir a paz e a estabilidade.
A CEDEAO pediu ao Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau que analise o recurso, conforme os preceitos constitucionais, e que a respectiva decisão seja comunicada o mais tardar até 15 de Fevereiro de 2020.
Esta decisão pretende garantir a normalização política e institucional da Guiné-Bissau, sublinhou o antigo economista marfinense, pondo cobro ao contencioso em curso.
“Há esta questão eleitoral pendente, sobretudo desde a segunda volta.
Depois da proclamação dos resultados pela Comissão nacional de eleições o processo está agora no Supremo Tribunal.
Os chefes de Estado debateram de forma aprofundada o assunto por se tratar de um tema importante para a Guiné-Bissau, mas também para a região.
Para o país para já porque é preciso garantir a normalização institucional, a paz e a estabilidade.
Os chefes de Estado pediram que o Supremo Tribunal examine o caso, no respeito dos preceitos constitucionais da Guiné-Bissau, e que isto se faça num prazo máximo até 15 de Fevereiro de 2020, por forma a dissipar o contencioso.
Achamos que com esta decisão dos chefes de Estado, após praticamente três horas de debates muito demorados, mas muito importantes, se poderá alcançar o objectivo que é a normalização institucional e política da Guiné-Bissau.”
Rispito.com/RFI, 10-02-220
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