quinta-feira, 9 de abril de 2020

Os traficantes voltaram, mesmo com mandado internacional

EUA lançam primeira grande operação contra narcotráfico da Guiné ...Braima Seide Bá, condenado na semana passada a 16 anos de prisão, regressou a Bissau e reside em casa do novo director da empresa pública de petróleos, com ligações ao narcotráfico. Não é o único que voltou nos últimos tempos.
O luso-guineense Braima Seide Bá anda foragido com mandado de captura internacional emitido em Setembro do ano passado. Acusado na Operação Navarra, a maior apreensão de droga da história da Guiné-Bissau (1869 quilos de cocaína), acabou por ser julgado à revelia como cabecilha e condenado, na semana passada, a 16 anos de prisão por tráfico de droga.

Mas se não estava em Bissau na altura do julgamento, em Janeiro, Braima Seide Bá já voltou, entretanto, à Guiné-Bissau e por altura da leitura da sentença até nem estava muito longe do tribunal que o condenou. Segundo o PÚBLICO apurou de uma fonte conhecedora do processo, o traficante tem muitos apoios junto de figuras actualmente no poder e até reside em casa do novo director-geral da Empresa Nacional de Pesquisa e Exploração Petróliferas (EP-Petroguin).

Danielson Francisco Gomes Ié, mais conhecido por Nick, foi nomeado para dirigir a EP-Petroguin a 31 de Março e a nomeação mereceu até uma “Nota de Repúdio” do núcleo no Brasil do Partido da Renovação Social (PRS) – partido que apoia o Governo de facto, nomeado pelo autoproclamado Presidente, Umaro Sissoco Embaló.

“Repudiamos veementemente a nomeação do Sr. Danielson Francisco Gomes Ié”, refere o comunicado do partido fundado pelo falecido antigo Presidente Kumba Ialá, porque “não se pode, assim, admitir que seja nomeado para dirigir tal instituição, património do Estado guineense que representa essencialmente direitos do povo, pessoa que tenha atitudes públicas absolutamente contrárias aos interesses defendidos pela empresa”.
Rispito.com/Publico, 09/04/2020

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