Justiça não está a funcionar na Guiné-Bissau, admite ministro da Justiça
O ministro da Justiça da Guiné-Bissau, Iaia Djaló, disse que o setor não está a funcionar no país e que é preciso uma nova dinâmica, que passa por recrutar novos quadros e melhorar as infraestruturas.
"AJustiça não está a funcionar. Temos de reconhecer que a Justiça não está a funcionar. Tem de haver uma nova dinâmica. O Ministério da Justiça irá fazer o seu trabalho de recrutamento", disse o ministro.
O ministro falava aos jornalistas no final de um encontro com o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, no qual também participaram o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, e o procurador-geral da República, Fernando Gomes.
"Temos hoje muitos jovens quadros competentes que estão no desemprego, temos de recrutar a juventude, aqueles que podem trabalhar na área da Justiça como magistrados, como oficiais da justiça, secretários judiciais e preencher o conjunto do território nacional para que efetivamente tenhamos a certeza de que a justiça é outra realidade na Guiné-Bissau", afirmou Iaia Djaló.
O ministro referiu-se também as más condições de muitos tribunais no país, salientando que estão a ser feitos contactos com os parceiros internacionais para que possam ser garantidas melhores infraestruturas.
"A título de exemplo, o PNUD (Programa da ONU para o Desenvolvimento) já financiou a Casa da Justiça de Buba, a prisão de Buba, já se construiu a Casa da Justiça da Gabu, Canchungo também já tem e na próxima semana vamos inaugurar o novo tribunal de Ingoré", disse.
O ministro salientou que o território nacional vai passar a ter as infraestruturas, mas "não é fácil com a situação financeira e económica que o país atravessa".
"Com os contactos que vamos dinamizar com os parceiros havemos de lá chegar", disse.
"Nós somos responsáveis pela organização e a política da Justiça. No âmbito do Governo faremos o que conseguirmos fazer para criar condições para que a Justiça seja respeitada na Guiné-Bissau como um Estado de Direito", concluiu.
Em relação ao encontro com o Presidente guineense, Iaia Djaló precisou que o chefe de Estado pediu um encontro para apelar a uma estreitar colaboração entre os vários órgãos responsáveis pelo setor para que façam chegar a justiça aos cidadãos.
"Esta colaboração deve ser observada para que efetivamente os guineenses sintam que as suas liberdades e direitos não estão a ser prejudicados", afirmou.
Sem comentários:
Enviar um comentário
ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público