terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Militares guineenses vão poder integrar missões de manutenção da paz ao lado de portugueses 

 
Os militares guineenses vão poder integrar contingentes portugueses em missões de manutenção de paz, como já acontece com os do Brasil e de Timor-Leste, disse hoje, em Bissau, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

Num encontro com os jornalistas de órgãos portugueses, durante a visita de trabalho de dois dias que está a efetuar à Guiné-Bissau, Gomes Cravinho explicitou as linhas mestras do futuro programa-quadro que vai marcar a cooperação militar entre os dois países até 2025.

O documento, que será assinado na terça-feira por João Gomes Cravinho e o seu homólogo guineense, Sandji Fati, dá continuidade às ações, mas também contempla inovações e alguma mudança de paradigma na cooperação militar entre os dois países, notou o governante português.

O ministro português disse que ainda não existem valores do novo programa-quadro, mas assegurou que serão mobilizados “os recursos que forem necessários” para o executar já a partir de janeiro de 2022.

Uma das inovações do novo programa-quadro é a possibilidade de capacitação dos militares guineenses para que passem a integrar contingentes portugueses em missões de manutenção de paz juntamente com os seus camaradas lusos, disse.

“Temos disponibilidade para acolher em Portugal militares guineenses para que possam fazer o período de aprontamento e de criação de condições para que possam participar, integrados no contingente português, nas missões de paz”, disse João Gomes Cravinho.

Na outra vertente, acrescentou o ministro, Portugal vai formar militares guineenses para que constituam contingentes próprios que possam ajudar o país a retornar a sua participação em missões internacionais de manutenção de paz.

João Gomes Cravinho destacou o facto de a cooperação no domínio militar de Portugal com os países de língua portuguesa ter sido iniciada com a Guiné-Bissau e ainda salientou que a partir de agora o programa-quadro entre os militares estará sincronizado com o todo o programa de cooperação entre os dois países.

O ministro português anunciou o reforço de diálogo político entre as direções-gerais de política de Defesa dos dois países e ainda a promoção de ações de formação aos militares guineenses para o seu conhecimento da língua portuguesa, que é uma das apostas das atuais chefias militares do país.

João Gomes Cravinho enalteceu ainda a importância do português para as Forças Armadas por ser “umas das línguas unificadoras da Guiné-Bissau”, que é utilizada na formação dos militares e ainda por ser “língua de internacionalidade” do país, notou.
Rispito.com/Lusa, 14/12/2021

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