PR guineense assume construção de mesquita e escola no parque Mbatonha em Bissau
O chefe de Estado deu as explicações num encontro com cerca de 30 jornalistas de órgãos nacionais e internacionais para um balanço do país nos últimos 12 meses.
A transformação do parque Mbatonha, lugar de descanso, alimentação e reprodução de cerca de 125 espécies de aves, segundo o Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IABP) tem sido criticada por ambientalistas, que consideram a iniciativa das autoridades “crime ambiental e descaso social”.
Umaro Sissoco Embaló considerou que o alarido à volta do parque não passa de uma tentativa de politização, “por parte de certas pessoas”.
O Presidente defendeu que embora compreenda a importância do lugar, "razões de desenvolvimento se sobrepõem aos interesses ambientais, em certos casos”.
“Mbatonha não é uma questão do desígnio nacional. Não se pode fazer política com certas coisas, sobretudo num lugar subutilizado onde só havia répteis. Haverá consequências para quem lá for” fazer manifestação, avisou.
Umaro Sissoco Embaló disse ter solicitado ao Ministério Público e Polícia Judiciária que investiguem as alegações de ambientalistas segundo os quais a União Europeia e a Cooperação Portuguesa teriam gastado cerca de 400 mil euros na requalificação do parque Mbatonha em 2018.
“Não há nada que indique que foram gastos 400 mil euros no Mbatonha”, sublinhou.
Embaló observou que não houve nenhum problema com a construção de um edifício atrás da Sé Catedral de Bissau, onde era um campo de jogos de crianças.
O chefe de Estado disse que enquanto criança jogava naquele espaço e ainda lembrou que a Guiné-Bissau é um estado laico.
“As pessoas podem fazer teatro que quiserem. Se for o caso, será construída uma mesquita naquele espaço para as pessoas irem lá rezar”, disse Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente guineense disse ter conhecimento de que todas as instituições competentes na questão de ambiente e do ordenamento do território deram o seu aval para que o parque de Mbatonha seja utilizado para novos fins.
Referiu ainda que não vai permitir qualquer aproveitamento político com base no parque Mbatonha.
Umaro Sissoco Embaló afirmou que desencorajou um grupo de fiéis muçulmanos que pretendiam realizar manifestações públicas de repúdio pelo impacto que o caso está a ter na sociedade guineense.
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